É preciso combater a descrença do eleitor para evitar o crescimento das abstenções e dos votos não-válidos (Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)
Em um cenário imprevisível para as eleições deste ano, os pré-candidatos à Presidência da República precisam romper a barreira da descrença do eleitor. A luta para conquistar uma parcela da população que veem os políticos como inimigos deve ser árdua até outubro. O aumento dos votos não-válidos nas últimas eleições demonstram que muitos caciques estão ameaçados em seus estados.
Em 2014, os votos nulos e brancos aumentaram em relação às eleições anteriores. O número de brasileiros que se abstiveram de votar no primeiro turno chegou a 19,4%. Os votos nulos ficaram em 5,8%, enquanto aqueles que optaram pela tecla “em branco” alcançou 3,8% — maior índice dos quatro pleitos anteriores.
Os números têm um recorte por unidades federativas. O estado com maior abstenção, na eleição passada, foi o Maranhão, com 23,6%, seguido pela Bahia, com 23,2%. A menor foi no Amapá, com 10,4% , seguida pelo Distrito Federal, com 11%. Quando comparado por regiões, o Nordeste fica na frente, com 20% de abstenções; seguido pelo Norte, com 19,8%; pelo Sudeste, com 19,7%; pelo Centro-Oeste, com 18,7%; e pelo Sul, com 16,7%.