O senador Humberto Costa (PT-PE), líder do Governo Dilma no Senado, condenou duramente as declarações do novo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), que defendeu o fim do SUS e a adesão da população brasileira a planos de saúde para "aliviar o custo do governo em sustentar essa questão".
“O SUS é uma conquista dos brasileiros, que garante acesso universal de 150 milhões de pessoas a serviços essenciais. Acabar com a universalização é, na prática, destruir o sistema e atentar contra a vida dos que não têm como arcar com os altos custos dos planos de saúde. Estão ameaçando o que nós temos de mais precioso: a vida”, alertou Humberto.
O senador, que é ex-ministro da Saúde (2003-2005) do Governo Lula , também lembrou que o acesso à saúde é uma “cláusula pétrea” da Constituição e não pode ser alterada “ao gosto de quem quer que seja, muito menos por um governo sem legitimidade e sem voto”.
“O ministro da Saúde - um parlamentar licenciado que desconhece o fato de que a Constituição não foi sancionada, mas promulgada - disse hoje que a Carta Magna do país só tem direitos e não deveres. Não é de se admirar que faça parte desse governo golpista. Conseguimos em cinco dias de interinidade voltar para antes de 1988. Passamos a viver em um país autoritário, em que já não valem mais os direitos e as garantias individuais”, disse.
Humberto alertou, ainda, sobre o que chamou de tentativa de “privatização da saúde”. Em entrevista, o ministro Ricardo Barros defendeu que “quanto mais gente puder ter planos, melhor”. “Quando o ministro da Saúde critica a Justiça, sem nenhum pudor, por garantir acesso de pessoas doentes a tratamentos caros por meio dos seus planos de saúde, fica muito claro quem o ministro quer beneficiar. Mas vamos resistir, não vamos aceitar mudanças que alterem aquilo que é uma conquista de todos os brasileiros”, afirmou o senador.
Assessoria de Imprensa Senador Humberto Costa