Na Refinaria Abreu e Lima (PE) foram demitidos 5.000 funcionários
Em menos de dois meses, consórcios formados por empresas envolvidas na operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção em contratos da Petrobras, demitiram mais de 12 mil trabalhadores em todo o Brasil, segundo balanços das centrais sindicais. Para as próximas semanas, são esperadas novas rescisões, especialmente por causa da deterioração financeira de muitas empresas que caminham para a recuperação judicial — ou já entraram nesse processo.
A situação é grave. De um dia para o outro, centenas de trabalhadores ficaram sem emprego e sem dinheiro — muitos deles ainda não receberam a indenização da rescisão e estão em sérias dificuldades financeiras. Os piores casos são verificados na Refinaria Abreu e Lima e no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), dois megaempreendimentos da Petrobras que envolvem centenas de contratos com empreiteiras. Mas, segundo os sindicatos, as demissões também atingem projetos no Rio Grande do Sul e Bahia.