O técnico Tite, o Adenor Bachi, não esconde seu sentimento. Está frustrado ao ser preterido como técnico da Seleção. Pergunta-se que critério foi usado para as escolhas. Considera Dunga um profissional digno, seu concorrente, mas acreditava ser esta a sua hora. Defende que a CBF ouça os jogadores e invista em ideias para salvar a base do futebol. Depois da Copa, Tite permitiu-se dar um tempo para a família, foi se encontrar com o filho Matheus, 24 anos, recém formado nos Estados Unidos em Ciência do Exercício no Tennessee. Depois, com o filho, foi conferir o sistema de dados do Arsenal, como mais uma ferramenta a ser empregada no seu trabalho. A ansiedade de Tite é por conhecimento. Por isso, lê muito a respeito. E revelou: em dezembro de 2012, horas antes de disputar o Mundial do Corinthians contra o Chelsea, recebeu a informação do interesse da CBF em levá-lo para a Seleção. Preferiu esperar.
Acompanhe a entrevista concedida ao UOL ESPORTES:
Você se frustrou com ao ser esquecido na escolha do técnico da Seleção?
Você se frustrou com ao ser esquecido na escolha do técnico da Seleção?
A gente não é o melhor, mas a gente está vivendo um grande momento profissional. Eu estou nesse momento. Passei cinco anos no Grêmio e Inter com grandes trabalhos e oito títulos. Mundial, Libertadores, Sul-Americana, Copa Suruga, de Brasileirão, isso me credenciou. Dava enquete, lá estava Tite. Eu criei expectativa pelo trabalho. Assim como imaginei: nos últimos cinco anos, o Abel Braga foi campeão do Brasileirão, o Muricy Ramalho venceu a Libertadores, o Marcelo Oliveira, do Cruzeiro, de excelente trabalho, o Cuca, todos em condições.
Desde quando havia expectativa?
Desde quando havia expectativa?
Houve um outro detalhe: antes do Mundial do Corinthians contra o Chelsea (em dezembro de 2012), o assessor de imprensa do clube revelou que duas vezes a CBF havia procurado o presidente Mário Gobbi (do Corinthians) querendo me levar para a Seleção. Eu disse: quero ficar voltado ao Mundial, não é hora para isso. O doutor Gobbi concordou: estamos o maior título da história do clube, não se fala nisso. Surgiu a ideia de esperar para depois do jogo? Não, não, disse ele, temos que manter o foco. E estava certo. Eu ficaria pensando, será que virá o convite depois? E os atletas poderiam entrar em campo pensando nisso, poderia dispersar. Criei expectativa depois, sim, mas pelo meu crescimento profissional, independentemente de ser convidado.