A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmitida pelo contato direto de pessoa doente, através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por acessos de tosse seca.
O número de casos de coqueluche no Distrito Federal aumentou, seguindo a tendência de crescimento mundial dos últimos três anos. Até julho deste ano foram confirmados 89 casos na capital federal. Em todo o ano passado, foram registrados 119 casos.
Segundo o Ministério da Saúde, apesar do aumento dos casos da doença no mundo, principalmente nos EUA e Europa, no Brasil os casos diminuíram em 2014, na comparação com o ano passado. Até 14 de junho deste ano foram registrados 2.544 casos da doença, redução de 24% se comparado ao mesmo período de 2013, quando foram identificados 3.369 casos.
A imunização contra a coqueluche é oferecida para crianças na rede pública. O calendário de vacinas começa com a pentavalente, administrada aos 2 meses, 4 meses e 6 meses. A criança recebe ainda dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche). O primeiro reforço da imunização é aos 15 meses e o segundo aos 4 anos.
Segundo a gerente do Núcleo de Controle de Doenças Imunopreviníveis, Ana Luiza Grisoto, ao longo do tempo as pessoas vão perdendo a imunidade da vacina e os adultos acabam contaminando as crianças - os mais atingidos são os bebês menores de 1 ano, que ainda não estão com o calendário vacinal completo.