De acordo com o Corpo de Bombeiros, o ônibus tombou em uma curva
O ônibus que tombou e deixou sete pessoas mortas na BR-116, na Região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, na noite de sábado (27/4), estava irregular e não tinha autorização para fazer o transporte interestadual de passageiros. A informação foi confirmada ao Estado de Minas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) neste domingo (28/4).
O veículo estava, ainda, com o Certificado de Segurança Veicular vencido, o que torna a viagem feita de Caruaru, em Pernambuco, com destino a Campinas, no interior de São Paulo, irregular. A ANTT, no entanto, não informa há quanto tempo o documento estava atrasado.
A empresa responsável pelo ônibus, cujo nome não foi divulgado pela autarquia, também não é habilitada para fazer o transporte de passageiros entre estados. “A ANTT fornecerá todas as informações necessárias, quando solicitadas, às autoridades de segurança pública para apoiar as investigações”, disse por meio de nota.
Ônibus seguia para CampinasAlém dos sete mortos, o acidente deixou 32 pessoas feridas. Ao todo 54 pessoas estavam no veículo. O ônibus havia saído de Caruaru, em Pernambuco, e seguia para Campinas, no interior de São Paulo, quando tombou em uma curva na altura do Km 85, da BR-116, em Medina, Região do Vale do Jequitinhonha.
A viagem teria duração total de 34 horas, e foi interrompida cerca de 17 horas depois do embarque. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista perdeu o controle da direção na altura do km 85, bateu em uma mureta de proteção e tombou na pista.
Três das vítimas fatais morreram a caminho do hospital. Entre eles, uma jovem de 26 anos, natural de Águas Belas, em Pernambuco. As outras quatro mortes —três mulheres e um homem— foram confirmadas ainda no local do acidente, segundo o Corpo de Bombeiros.
Os demais passageiros feridos foram levados para o Hospital Santa Rita, em Medina; para o Hospital Vale do Jequitinhonha, em Itaobim; e para uma unidade de saúde em Pedra Azul. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.
Militares do Corpo de Bombeiros, que atuaram na ocorrência, afirmaram que não houve registro de pessoas presas às ferragens. A pista ficou completamente bloqueada por quase 7h e foi liberada apenas na madrugada deste domingo, por volta das 3h30.
O motorista não foi localizado no local do acidente, mas, segundo os bombeiros, pode ser que ele esteja entre as vítimas. Os militares relataram, também, que nenhuma lista de passageiros foi encontrada.
Por: Estado de Minas
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