Onze pessoas foram mortas e uma ficou gravemente ferida após sete homens encapuzados dispararem contra os ocupantes de um bar na tarde do último domingo (19), no bairro do Guamá, em Belém. No local, acontecia uma festa.
As 11 vítimas foram reconhecidas. Entre os mortos, seis são mulheres e cinco são homens. Dessas, apenas uma pessoa tinha passagem pela polícia.
A Polícia trabalha com a hipótese de que o local do crime tenha relação com o tráfico de drogas. Porém, a polícia não descarta outras hipóteses para o incidente, já que na semana passada três policiais militares foram assassinados em Belém.
Uma reunião da cúpula de segurança do Estado foi convocada pelo governador Helder Barbalho para tratar de medidas emergenciais depois da chacina. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o governador diz que as ações de segurança pública não vão enfraquecer.
"Nós não vamos recuar. Se esta iniciativa, se esse sinistro ocorrido no bairro do Guamá é para intimidar as ações de segurança do Governo esqueçam, porque nós vamos continuar firmes e trabalhando para garantir o direito da população a ter paz e segurança com qualidade”, disse Helder.
A Polícia Civil já tem informações sobre os armamentos usados pelos criminosos durante a ação. Ainda não se sabe qual seria a motivação do crime, mas a polícia não descarta nenhuma linha de investigação. De acordo com a Segup, o policiamento com a presença da Força Nacional será reforçado no bairro do Guamá.
O Secretário de Segurança Pública, Uálame Machado, falou sobre uma possível relação dos crimes com milícias. “O inquérito foi instaurado ainda no domingo, ainda é recente para dar uma resposta final. A delegacia de homicídios é responsável pela investigação e várias linhas são investigadas todas elas com profundidade", revela
O secretário disse ainda, que a Polícia Militar também instaurou um procedimento interno para apurar se houve envolvimento de policiais no caso. A Segup também investiga se houve a participação de presos na ação criminosa.
Bairro recebeu Força Nacional
O Guamá é o bairro mais populoso de Belém e um dos sete da região metropolitana da capital paraense que receberam, em março, a Força Nacional, devido aos elevados níveis de criminalidade. Ao todo, 274 agentes fazem o patrulhamento nesses locais, batizados de territórios de pacificação pelo governo estadual. Segundo a gestão Helder Barbalho (MDB), houve queda no número de mortes no primeiro mês de atuação.