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Feira livre do Projeto Apolônio Sales (Fotos: Assis Ramalho) |
Buscando fomentar a participação dos pequenos produtores no abastecimento e na oferta de produtos agropecuários de Petrolândia, foi implantada nesse domingo (16) a Feira Livre do Projeto Apolônio Sales, na zona rural do município. A iniciativa, organizada pela ACAMP - Associação dos Colonos Agropecuários do Município de Petrolândia é um resgate da saudosa Feira da Ruinha, que acontecia aos domingos no antigo povoado de Barreiras, distrito da velha Petrolândia, cidade inundada para a construção da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga (Lago de Itaparica).
A feira livre do Projeto Apolônio Sales é uma alternativa local para a comercialização de produtos da agricultura, negociando-se diretamente com o produtor. Além disso, será um ponto de encontro e reencontro dos colonos, da comunidade do Sagrado Coração de Jesus, dos barreirenses e visitantes.
A reportagem do Blog de Assis Ramalho esteve presente à primeira Feira Livre do Projeto Apolônio Sales, registrando um histórico para o município. Na ocasião, presenciamos a felicidade estampada nos rostos de todos que se encontravam no local.
Seu Zé Fonseca e sua esposa Eusa, proprietários de uma banca de frutas e verduras, originários da antiga Barreiras, são um exemplo da satisfação popular. Além dos bons negócios realizados até aquele momento, por volta das 11 horas da manhã, aprovaram a iniciativa que, segundo eles, também servirá para reencontrar velhos conhecidos.
"Apesar de ser a primeira feira, já vendemos bastante e estamos muitos felizes, porque hoje já reencontramos velhos conhecidos que há muito tempo a gente não via", disse Seu Zé Fonseca com a aprovação de sua esposa Eusa.
Ali próximo, conversamos com Maria e Kassijane, que também são proprietárias de uma banca de frutas e verduras, e as duas mostravam-se bastante satisfeitas com os negócios realizados.
"Sinceramente, estamos surpresas. Até este momento nós já vendemos praticamente tudo que trouxemos e queremos parabenizar as pessoas que tiveram essa iniciativa", disse Maria.
Como benefício para os frequentadores da feira livre, a nossa reportagem constatou que os legumes, frutas e hortaliças comercializados são frescos, têm bons preços e uma grande variedade de produtos está à disposição dos clientes, desde produtos alimentícios, como os famosos pastéis, até confecções e artesanato.
"Esta feira livre é uma porta aberta para que nós, jovens, possamos iniciar nossos próprios negócios", disse Aislan Danilo, enquanto oferecia seus produtos de artesanato de sua barraca, juntamente com Taislan Diego, às pessoas que por ali passavam.
Visitamos também a barraca de Kelly, mais conhecida como Kelly do Pastel. Feliz, ela dizia que acabara de chegar da sua residência, onde tinha ido fazer mais pastéis, pois a primeira remessa já tinha sido consumida pela freguesia.
"Quando deu 10 horas já tinha acabado tudo. Foi preciso eu ir correndo lá em casa e fazer mais pastéis. Eu estou muito feliz com a realização dessa feira", disse.
Para o comerciante de roupas Paulinho, conhecido como Paulinho da Sulanca, a ideia da feira livre foi excelente, porque além de poder ganhar um dinheiro a mais, é um resgate das tradições da velha Barreiras.
"Aqui, a gente está negociando e resgatando a história da nossa querida velha Barreiras. Hoje eu estou muito feliz e, acima de tudo, estou muito saudosista", disse.
A mesma opinião de Paulinho da Sulanca, tinha dona Neuza, também proprietária de uma banca de confecções.
"A iniciativa da realização dessa feira livre foi sensacional. Para que você tenha uma ideia, hoje eu já tive a felicidade de reencontrar muita gente da velha Barreiras, que há muito tempo eu não via. Eu estou muito feliz, não só pela oportunidade de negociar, mas pelo fato de aqui passar a ser um ponto de encontro das pessoas", disse a jovial dona Neuza.
Em conversa com seu Adaílton, conhecido popularmente como Pica-Pau, proprietário uma de banca de frutas e verduras, o feirante ressaltou a importância da economia que os moradores daquela região vão fazer com a realização da feira livre na própria comunidade.
"As pessoas de toda essa região agora vão poder fazer as suas compras aqui, sem precisar se deslocar para a cidade. Quem não tem um automóvel, por exemplo, tem que gastar R$ 12,00 com moto-táxi para ir e vir (à feira livre do centro de Petrolândia, às sextas-feiras), e assim a feira fica muito cara", disse ele.
Já o presidente da Associação dos Colonos Agropecuários do Município de Petrolândia-ACAMP, conhecido como seu Bezinho de Elói, destacou as vantagens para os produtores, que agora possuem mais um local para comercializar os seus produtos.
"Entre várias outras vantagens, os produtores da região agora têm mais um local para comercializar os seus produtos, e o melhor de tudo é que, vendendo aqui, os produtores também têm condições de vender mais barato. Com isso, todos ganham, os produtores e os consumidores", afirmou.
A nossa reportagem encontrou também o empresário do ramo agrícola, Renato, conhecido como Renato de Dêta, que se dizia muito feliz e emocionado com o evento.
"Eu quero dizer a você que, hoje, eu estou muito emocionado em estar aqui, vendo a realização da primeira feira livre da história do Projeto Apolônio Sales. Para nós, que somos da velha Barreiras, é um filme que passa na nossa cabeça, em que podemos lembrar daquele maravilhoso lugar. Além de tudo, a partir de hoje, o local desta feira também passa a ser um ponto de encontro com os nossos amigos. É uma oportunidade que antes se tornava muito difícil ou quase impossível, a gente encontrar muitos conhecidos em um mesmo lugar", disse Renato, ao lado da sua mãe, a produtora agrícola Maria Josefa da Silva, conhecida como dona Dêta.
Encerramos nossa reportagem conversando com Edneide, proprietária do "Mercadinho Nossa Senhora", próximo à feira. Ela se dizia muito satisfeita em saber que, a partir de agora, será realizada todos os domingos a feira livre naquela localidade.
"Eu sou proprietária deste mercadinho há um ano e meio e nunca tinha visto um domingo tão movimentado como este. Essa feira vai ajudar a melhorar o movimento, não só do meu mercadinho, como também dos outros estabelecimentos comerciais que existem por aqui", disse Edneide, enquanto despachava os clientes que ali se encontravam.
Assim com na velha Barreiras, a feira livre do Projeto Apolônio Sales será realizada todos os domingos, a partir das 6 horas da manhã. A instalação da feira é ao lado do campo de futebol da comunidade.
O Blog de Assis Ramalho felicita a diretoria da ACAMP-Associação dos Colonos Agropecuários do Município de Petrolândia e a todos que se empenharam em resgatar a história da feira da ruinha, na velha Barreiras, através da implantação da Feira Livre do Projeto Apolônio Sales que, sem dúvida, será um ponto de desenvolvimento do setor agropecuário do município, além de ponto de reencontro de amigos e tradições de nossa cidade.
Para ver mais fotos deste evento histórico para Petrolândia, clique aqui>1ª Feira Livre do Projeto Apolônio Sales
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Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Assis Ramalho