Portador de uma cardiopatia grave – implantou sete pontes de safena e mamária e tem um marcapasso –, ele foi internado em 29 de dezembro no Real Hospital Português para tratar de uma infecção urinária.
Uma semana depois, no dia 5 de janeiro, foi levado em uma UTI aérea para o Incor, em São Paulo. Daí por diante o seu estado só se agravou, até que, no dia 11 do mesmo mês, foi levado para a UTI.
Nos últimos dias o quadro se tornou crítico. Ele foi entubado e passou a respirar com a ajuda de aparelhos.
"Na vida pública, ele foi deputado e ministro da Justiça. Um guerreiro justo e incansável, sempre ao lado das causas democráticas e humanitárias. Em família, Fernando era o marido, pai, irmão, tio, cunhado e amigo dedicado, amoroso e insubstituível em nossos corações", declararam os familiares, em nota.
Fernando Lyra, testemunha e participante de momentos cruciais da política estadual e nacional, será velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e o enterro será no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. O horário ainda não foi divulgado. O governo do Estado já decretou luto oficial de três dias.
Um dos principais atores da redemocratização brasileira, atuou na chamada ala dos “autênticos” do antigo MDB, lutou pelas Diretas Já e, depois, foi um dos coordenadores da campanha de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, vitoriosa com a Aliança Democrática.
No plano estadual, também foi um hábil articulador da campanha que levou Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas, em 2006.
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: JC