Role,Da BBC News Brasil em Brasília
Agora, eles serão processados criminalmente por cinco crimes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
A decisão da Primeira Turma — formada pelos ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux — foi unânime, em julgamento realizado nesta terça-feira (22/4).
Os novos réus são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de integrar o núcleo 2 de uma organização criminosa que teria buscado interferir ilegalmente na eleição de 2022 e, depois, tentado impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a acusação, esse núcleo faria o "gerenciamento das ações" ordenadas pelo núcleo crucial, de onde teriam partido as principais decisões para a tentativa de golpe.
Os oito denunciados no núcleo crucial já viraram réus em março, por decisão unânime da Primeira Turma, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-ministro da Justiça Anderson Torres e três generais do Exército que integravam seu governo — Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).
Para a PGR, os integrantes do núcleo 2 teriam direcionado a atuação de órgãos policiais, coordenado o monitoramento de autoridades, mantido contato com manifestantes acampados em frente ao Quartel General do Exército ou elaborado minutas golpistas. Ainda segundo a denúncia, sua ações teriam colaborado para o 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas radicais invadiram as sedes dos Três Poderes.
Os seis novos réus negam qualquer ilegalidade. Eles responderão às seguintes acusações: