
Ex-soldado trabalhava no 1º Batalhão de Trânsito. (Foto: Reprodução/Google Street View)
Por: Jorge Cosme/Diário de Pernambuco
A Vara da Justiça Militar de Pernambuco condenou, na semana passada, um ex-policial militar por atentado violento ao pudor durante uma blitz na alça que liga a Avenida Recife à Avenida Mascarenhas de Moraes, no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife. O ex-soldado, identificado no processo pelas iniciais E.D.O.D., é acusado de apontar uma arma para uma motorista e obrigá-la fazer sexo oral nele.
O ex-PM foi condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão em regime inicial semiaberto. Entretanto, ele responderá em liberdade.
O caso ocorreu em junho de 2012 e ele foi expulso da corporação no decorrer do processo. Segundo o inquérito, dois policiais militares do 1º Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) pararam o carro da vítima durante abordagens a veículos no local. Um dos policiais teria entrado no carro com a justificativa de que precisaria verificar o extintor.
Com a arma de fogo em punho, ele teria obrigado a mulher a praticar sexo oral nele. Em seguida, ele teria dito à mulher que sabia a universidade em que ela estudava, para ameaçá-la a não denunciar o caso, de acordo com o inquérito.
Após o ocorrido, ela foi ao local de trabalho e começou a chorar desesperadamente. Em interrogatório, afirmou que esteve em quatro delegacias para conseguir registrar o boletim de ocorrência e também não conseguiu ser atendida na Delegacia da Mulher e nem fazer exame de corpo delito, sob justificativa de que o Instituto de Medicina Legal (IML) estava fechado.
Um casal de amigos dela prestou depoimento como testemunhas. Apesar de não terem presenciado o ocorrido, eles falaram sobre o auxílio que prestaram à vítima após o ocorrido.