ABBC Comunicação
Assessoria de Imprensa
Com o auditório Senador Sérgio Guerra completamente lotado, Policiais Civis de Pernambuco participaram, nesta quarta-feira (9), de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) que entrou para a história da categoria. A mobilização teve início com uma passeata simbólica que saiu da Chefia da Polícia Civil e seguiu até o Legislativo estadual, culminando em uma audiência que discutiu a tentativa do Governo do Estado de retirar o direito à paridade dos Policiais Civis.
A audiência pública, promovida pela Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da ALEPE, foi marcada por discursos firmes e pela união da categoria.
Na audiência foi anunciado um Projeto de Emenda Constitucional estadual (PEC) de autoria do SINPOL e formalizada pelo Deputado Estadual Joel da Harpa, presidente da Comissão de Segurança Pública e Defesa Social para garantir a paridade e integralidade de todos os Policiais Civis de Pernambuco.
“A aprovação dessa PEC representará uma valorização da Instituição Polícia Civil. É uma forma de fazer justiça com quem dedicou sua vida para proteger a sociedade. É o mínimo de reconhecimento que se espera de um Estado que tanto exige dos seus servidores da segurança pública”, afirmou o presidente do SINPOL-PE, Áureo Cisneiros.
Durante sua fala, Áureo destacou o cenário de desvalorização vivido pela categoria: “Não temos estrutura para trabalhar. Há alguns dias denunciamos uma delegacia com teto prestes a desabar. Continuamos sem efetivo, sem direito a hora extra e recebendo um dos piores salários do país. O governo explora os policiais com um PJES que paga R$ 16 por hora. Isso é desumano.”
A fala do Presidente do SINPOL-PE arrancou aplausos da plateia ao destacar que “o Policial Civil não deixa de ser Policial quando termina seu expediente. Mesmo aposentado, ele permanece ameaçado. Por isso, garantir a paridade não é favor, é dever do Estado.”
A proposta de emenda constitucional foi assinada por mais de 20 parlamentares em menos de 24 horas, superando com folga o mínimo necessário de 17 assinaturas. O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Joel da Harpa, formalizou a apresentação da PEC e reforçou o compromisso com a causa dos Policiais Civis.
Ao final da audiência, os policiais realizaram uma assembleia extraordinária e, por unanimidade, aprovaram a suspensão das Operações de Repressão Qualificada a partir do dia 22 de abril de 2025, como forma de protesto e pressão por mais avanços para a categoria.
Com a PEC tramitando na ALEPE e o movimento fortalecido, o SINPOL-PE seguirá mobilizado, vigilante e atuante para garantir que os direitos conquistados sejam respeitados.
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