quarta-feira, abril 30, 2025

Desemprego sobe a 7%, mas é a menor taxa para o 1º trimestre desde 2012, diz IBGE


Carteira de trabalho — Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Por Júlia Nunes, g1

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7% no 1º trimestre de 2025, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve um aumento de 0,8 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior (6,2%), terminado em dezembro, mas uma queda de 0,9 p.p. em relação ao mesmo período em 2024 (7,9%).

Apesar da alta na comparação trimestral, esta foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março desde que o IBGE começou a calcular o índice, em 2012.

Ao todo, 7,7 milhões de pessoas estão sem emprego no país, o que representa um crescimento de 13,1% (ou mais 891 mil pessoas) frente ao trimestre anterior, mas um recuo de 10,5% (menos 909 mil pessoas) na comparação com 2024.

A população ocupada no Brasil ficou em 102,5 milhões, uma queda de 1,3% (menos 1,3 milhão de pessoas) no trimestre e um aumento de 2,3% (mais 2,3 milhões de pessoas) no ano.

Com isso, 57,8% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil (14 anos ou mais) estão empregadas. É o que o IBGE chama de nível da ocupação.

O aumento da taxa de desocupação no trimestre demonstra um comportamento sazonal, geralmente já observado nos inícios de ano, explica Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

As demissões são mais comuns no primeiro trimestre porque terminam os contratos de empregados temporários admitidos para atender a demanda do Natal. No entanto, o índice de 7% ainda caracteriza um mercado de trabalho aquecido, destaca a especialista.


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