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Imagem área de ato na praia de Copacabana pela anistia dos envolvidos no 8 de janeiro de 2023 — Foto: Custódio Coimbra/Agência O Globo
O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Praia de Copacabana, neste domingo, contou com a participação de 18,3 mil manifestantes, segundo cálculo feito com base em imagens aéreas pelo grupo de pesquisa "Monitor do debate político" do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP), e pela ONG More in Common. Isso significa que a mobilização foi bem menor do que a de outros atos do bolsonarismo no Rio. A margem de erro do levantamento é de 2,2 mil pessoas para mais ou para menos.
O Datafolha, por sua vez, divulgou um cálculo de público na manifestação de 30 mil pessoas. O instituto também usou imagens aéreas. Elas foram obtidas às 11h10m.
Em 07 de setembro de 2022, também na Praia de Copacabana, o grupo de pesquisadores da USP e do Cebrap calculou um encontro de 64,6 mil manifestantes, um patamar que é cinco vezes maior do que neste domingo. Já em abril do ano passado, foram 32,7 mil participantes.
— Essa foi uma manifestação pequena para os padrões de mobilização do bolsonarismo — afirma Ortellado.
Veja a manifestação de 2022
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Ato de 7 de setembro, em 2022 — Foto: Mauro Pimentel/AFP
Na avaliação do pesquisador, no entanto, ainda é preciso haver mais manifestações com esse patamar menor de mobilização para afirmar que a oscilação é sinal de enfraquecimento político do bolsonarismo no Rio. De acordo com ele, o conflito entre os organizadores sobre o apoio ou não ao pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter atrapalhado a convocação.
— Essa foi uma manifestação cuja mobilização foi muito tumultuada — afirmou.
Além disso, ele defendeu que oscilações desse tipo são normais. Ortellado afirmou que as manifestações contra a então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, também chegaram a registrar públicos menores e depois voltaram a crescer.
Os pesquisadores também calcularam o público de um ato realizado neste domingo na Avenida Paulista, em São Paulo, com o mote da anistia e "fora Lula". Foram contabilizadas 1,4 mil pessoas no pico da manifestação. A margem de erro é de 167 pessoas para mais ou para menos.
Veja a manifestação de 2024
Ato em 21 de abril de 2024 - Bolsonaro reúne apoiadores para manifestação na orla de Copacabana, Rio de Janeiro — Foto: Hermes de Paula
Para o cálculo deste domingo, foram tiradas fotos da praia de Copacabana em quatro diferentes horários (10:00, 10:40, 11:30 e 12:00), totalizando 66 fotos. O pico do encontro foi ao 12h, quando o grupo selecionou seis fotos que cobriam toda a extensão da manifestação, sem sobreposição.
Depois disso, um software é usado para identificar e marcar automaticamente as cabeças das pessoas. Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem. Segundo os pesquisadores, esse processo garante uma contagem precisa, mesmo em áreas densas.
O método atualmente possui uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de indivíduos. Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12%, para mais ou para menos, em imagens aéreas com mais de 500 pessoas.
Em outro levantamento, o Datafolha considerou para o cálculo do total de manifestantes três níveis de concentração na área onde ocorreu o ato, de 25 mil metros quadrados: densidade alta, densidade média e dispersão. Eles variam de uma a quatro pessoas por metro quadrado. Com base em imagens aéreas, o instituto estimou que cerca de 30 mil pessoas estiveram presentes na manifestação.
O número foi divulgado pelo jornal "Folha de S. Paulo". O jornal informou que, segundo o Datafolha, se o mesmo espaço ocupado pelos manifestantes estivesse lotado na capacidade máxima, caberiam no máximo 175 mil pessoas. O número considera uma densidade de sete pessoas por metro quadrado, em que é impossível qualquer deslocamento no espaço, o que não foi o caso da manifestação deste domingo.
Veja o público das manifestações bolsonaristas, segundo pesquisadores da USP:
* 18,3 mil em 16/03 de 2025 - O ato deste domingo mirou na anistia aos presos do 8 de Janeiro e ocorre após a denúncia de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.
Na avaliação do pesquisador, no entanto, ainda é preciso haver mais manifestações com esse patamar menor de mobilização para afirmar que a oscilação é sinal de enfraquecimento político do bolsonarismo no Rio. De acordo com ele, o conflito entre os organizadores sobre o apoio ou não ao pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter atrapalhado a convocação.
— Essa foi uma manifestação cuja mobilização foi muito tumultuada — afirmou.
Além disso, ele defendeu que oscilações desse tipo são normais. Ortellado afirmou que as manifestações contra a então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, também chegaram a registrar públicos menores e depois voltaram a crescer.
Os pesquisadores também calcularam o público de um ato realizado neste domingo na Avenida Paulista, em São Paulo, com o mote da anistia e "fora Lula". Foram contabilizadas 1,4 mil pessoas no pico da manifestação. A margem de erro é de 167 pessoas para mais ou para menos.
Veja a manifestação de 2024
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Para o cálculo deste domingo, foram tiradas fotos da praia de Copacabana em quatro diferentes horários (10:00, 10:40, 11:30 e 12:00), totalizando 66 fotos. O pico do encontro foi ao 12h, quando o grupo selecionou seis fotos que cobriam toda a extensão da manifestação, sem sobreposição.
Depois disso, um software é usado para identificar e marcar automaticamente as cabeças das pessoas. Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem. Segundo os pesquisadores, esse processo garante uma contagem precisa, mesmo em áreas densas.
O método atualmente possui uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de indivíduos. Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12%, para mais ou para menos, em imagens aéreas com mais de 500 pessoas.
Em outro levantamento, o Datafolha considerou para o cálculo do total de manifestantes três níveis de concentração na área onde ocorreu o ato, de 25 mil metros quadrados: densidade alta, densidade média e dispersão. Eles variam de uma a quatro pessoas por metro quadrado. Com base em imagens aéreas, o instituto estimou que cerca de 30 mil pessoas estiveram presentes na manifestação.
O número foi divulgado pelo jornal "Folha de S. Paulo". O jornal informou que, segundo o Datafolha, se o mesmo espaço ocupado pelos manifestantes estivesse lotado na capacidade máxima, caberiam no máximo 175 mil pessoas. O número considera uma densidade de sete pessoas por metro quadrado, em que é impossível qualquer deslocamento no espaço, o que não foi o caso da manifestação deste domingo.
Veja o público das manifestações bolsonaristas, segundo pesquisadores da USP:
* 18,3 mil em 16/03 de 2025 - O ato deste domingo mirou na anistia aos presos do 8 de Janeiro e ocorre após a denúncia de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.
* 45,7 mil em 7/09 de 2024 - Protesto de apoiadores de Bolsonaro na Av. Paulista, em São Paulo. O ato pediu o impeachment de Alexandre de Moraes e teve público abaixo do esperado.
*32,7 mil em 21/4 de 2024- Ato em Copacabana no feriado de Tiradentes. Foi marcado por falas de cunho religioso e ataques a Lula.
* 185 mil em 25/02 de 2024 - Ato na Av. Paulista. Evento foi em apoio a Bolsonaro, em meio às investigações da PF por suposta tentativa de golpe.
* 32,6 mil em 7/09 de 2022 - Manifestação na Av. Paulista convocada por Bolsonaro para impulsionar a campanha à reeleição ao Planalto.
* 64,6 mil em 7/09 de 2022 - Manifestação em Copacabana, no Rio. O ato em homenagem ao Bicentenário da Independência virou evento de campanha à reeleição.
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