quinta-feira, janeiro 09, 2025

Movimentos sociais protestam no Recife contra anistia aos presos pelo 8 de Janeiro; ato contou com a presença de deputados, vereadoras, sindicatos e militantes



Ruan Pablo/DP Foto

Movimentos sociais, sindicatos e manifestantes se reuniram em ato de panfletagem no Recife nesta quarta-feira (8) — marcada pelos dois anos dos ataques do 08 de Janeiro de 2023, que tiveram como alvo as sedes dos três poderes, em Brasília.

O protesto, realizado entre a avenida Conde da Boa Vista com a rua Sete de Setembro, se opõe à anistia aos presos pelos ataques, e pede a prisão dos envolvidos na tentativa de golpe e assassinato do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


Ruan Pablo/DP Foto

O ato reuniu uma centena de pessoas, incluindo membros da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, além de lideranças políticas.

"O golpe da ditadura militar foi a retirada de conquista dos trabalhadores, a falta de liberdade de suas reuniões, do respeito às suas organizações, e sem sombra de dúvida um retrocesso. Defendemos a democracia, um instrumento fundamental para que os trabalhadores e as sociedades exploradas se organizem para lutar pelos seus direitos. Não vamos aceitar golpes e queremos que não haja anistia", declarou o deputado estadual João Paulo (PT).

"Sou filha de um ex-preso político da ditadura militar brasileira. Isso cortou e atravessou a minha própria vida. Nasci num lar muito politizado, onde a luta é pela redemocratização. Lutamos pela manutenção da democracia. Uma palavra que falamos de maneira tão simples, mas que vimos que ela estava sendo sempre ameaçada. Os atos do dia 8 de janeiro representam setores da sociedade, da direita e da extrema direita, que tentaram dar um golpe na democracia brasileira. Precisamos estar sempre atentos em defesa da democracia. É uma luta atualíssima", afirmou a deputada estadual Dani Portela (PSOL).


Ruan Pablo/DP Foto

"O que se tentou em 2023, naquele 8 de janeiro, foi o retorno de uma nova ditadura. Tudo que tem acontecido, aparecido na mídia, confirma. E isso já dizíamos lá atrás, a cultura já dizia. Retornar à ditadura significaria tirar a liberdade de expressão de que tanto eles falam, mas a primeira coisa que a ditadura faz é retira-la, retirar dinheiro da educação, da saúde pública, da farmácia popular, das políticas sociais", disse o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha.

O ato também contou com a presença do ex-deputado federal Fernando Ferro, das vereadoras do Recife Kari Santos (PT) e Jô Cavalcanti (PSOL), e da vereadora de Olinda Eugênia Lima (PT).

Por: Guilherme Anjos - Diário de Pernambuco

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