quinta-feira, janeiro 09, 2025

Após negociar com outros partidos, Pablo Marçal anuncia que vai concorrer à presidência pelo PRTB


O ex-coach Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da Record no primeiro turno, em setembro — Foto: Maria Isabel Oliveira/O Globo

O empresário Pablo Marçal anunciou que irá concorrer à presidência da República em 2026, dentro de seu atual partido, o PRTB. Ocorre que a sigla mudará de nome para “Brasileiro”, segundo o anúncio do ex-coach.

Desde que saiu derrotado das urnas na disputa à prefeitura de São Paulo em outubro, Marçal vinha negociando sua filiação com outros partidos, e chegou a ter várias conversas com a direção nacional do União Brasil. Agora, ele afirmou que permanece onde está.

— Serei candidato a presidente pelo PRTB em 2026. O empreendedorismo é a chave para libertar o nosso povo e fomentar o desenvolvimento econômico — disse em nota.

Marçal é investigado pela Polícia Federal e no âmbito da Justiça Eleitoral por ter divulgado, às vésperas da eleição, um laudo falso alegando que seu então concorrente, Guilherme Boulos (PSOL), teria procurado uma unidade de saúde após usar cocaína. A falsidade do laudo foi comprovada rapidamente. Ele pode responder pelos crimes de injúria eleitoral, difamação eleitoral e falsidade com fins eleitorais, e caso condenado pode ficar inelegível por oito anos e até ser preso. O caso será apreciado inicialmente pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) e depois pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O partido do influenciador espera ainda lançar candidatos ao Senado e aos governos estaduais na próxima eleição, e não descarta alguma parceria de Marçal com o cantor Gusttavo Lima, apesar de não ter sido divulgado como isso se daria. Na semana passada, o sertanejo anunciou que pretende concorrer à presidência e inclusive chegou a receber uma ligação do empresário para apoiá-lo na empreitada política.

Se concretizada, essa será a segunda vez que Marçal tenta concorrer ao cargo. Em 2022, ele chegou a lançar oficialmente a candidatura à presidência pelo PROS, mas a Justiça Eleitoral barrou a decisão partidária que o declarou candidato. Depois, ele se tornou candidato a deputado federal, e chegou a ser eleito sub judice, mas nunca tomou posse pois recebeu decisões desfavoráveis da Justiça Eleitoral. Em 2024, ficou em terceiro lugar na disputa municipal mais acirrada da história em São Paulo, e recebeu 1,7 milhões de votos.

Por Hyndara Freitas — São Paulo

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