O empresário petrolandense José Sandes, da Sandes Esportes e Sandes Modas, acompanhado do filho - Dr. Adriano - (ver foto acima), são alguns dos tantos brasileiros que se aventuraram rumo à Buenos Aires, na Argentina, para acompanhar o time do coração disputar a final da Libertadores da América. Os botafoguenses viram de perto o Glorioso levantar a taça diante do Atlético Mineiro neste sábado (30), diretamente do Monumental de Núñez, palco da grande decisão.
"É uma sensação indescritível, é emocionante até o final, tudo para o Botafogo é difícil, mas agora a gente virou a chave e agora a nossa chave é de campeão. Hoje, a gente está vivendo um momento único na nossa vida, que a gente esperou a vida inteira. Muitos aqui mal eram nascidos, quase não eram nascidos quando o Botafogo ganhou o último título. E hoje a gente está aqui comemorando, vivendo esse momento que a gente esperou por tanto tempo",disse Zé Sandes
Se a festa já ganhou o Brasil, imagina em Buenos Aires onde os torcedores acompanharam tudo de perto.
O grito de "é campeão" saiu da garganta depois de quase 30 anos sem um título de expressão, em um jogo com contornos de dramaticidade e que premiou o melhor futebol praticado no país atualmente. O Glorioso finalmente alcançou à Glória Eterna.
A conquista marca o fim de um longo jejum de títulos para além do âmbito carioca ou regional. O último grande troféu erguido pelo Botafogo era a do Campeonato Brasileiro de 1995, liderado pelo artilheiro Túlio Maravilha. De lá para cá, o Alvinegro até venceu cinco Estaduais (1997, 2006, 2010, 2013 e 2018) e um Torneio Rio São-Paulo em 1998, mas acumulou três rebaixamentos à Série B em menos de 20 anos.
A volta por cima
A Libertadores é o primeiro título desde que a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube foi comprada pelo empresário inglês John Textor. No ano passado, o Botafogo esteve perto de conquistar o Brasileirão, com 13 pontos de vantagem para o segundo colocado ao final do primeiro turno, mas teve grande queda de produção na metade final da competição. Após 11 jogos sem vencer e viradas inacreditáveis sofridas contra Palmeiras e Grêmio, a equipe terminou o campeonato em quinto lugar.
A derrocada obrigou o Botafogo a disputar a fase preliminar da Libertadores deste ano, passando por Aurora, da Bolívia, e Red Bull Bragantino para chegarem à fase de grupos. Apesar do início ruim, com derrotas para Junior Barranquilla, da Colômbia, e LDU, do Equador, o Glorioso emplacou três vitórias seguidas e se classificou ao mata-mata onde bateu Palmeiras, São Paulo (ambos de forma dramática) e Penãrol, do Uruguai, este último com direito a goleada por 5 a 0 no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.
A volta por cima pós-2023 está coroada, mas pode ficar ainda mais gloriosa. O Botafogo lidera o Brasileirão com 73 pontos, três a mais que o Palmeiras, restando duas rodadas para o fim da competição - Internacional e Fortaleza, com 65 pontos e três jogos pela frente, ainda podem alcançar o Alvinegro.
Partiu, Mundial
De quebra, o Botafogo se credenciou a duas competições da Federação Internacional de Futebol (Fifa). A primeira é a Copa Intercontinental, que substitui, no calendário, o Mundial de Clubes. No dia 11 de dezembro, em Doha, no Catar, o Glorioso encara o Pachuca, do México, vencedor da Concacaf (entidade responsável pela modalidade no Caribe e nas Américas do Norte e Central). Quem passar, pega na semifinal o Al-Ahly, do Egito, campeão africano. A final será contra o Real Madrid, da Espanha, ganhador da Liga dos Campeões da Europa.
Já entre 15 de junho e 13 de julho, o desafio será o novo Mundial da Fifa, nos Estados Unidos. O torneio reunirá 32 clubes, sendo seis da América do Sul. Quatro deles são os brasileiros campeões das últimas edições da Libertadores. Além do Botafogo, estarão Palmeiras (2021), Flamengo (2022) e Fluminense (2023). Os argentinos Boca Juniors e River Plate completam os representantes sul-americanos.
Blog de Assis Ramalho