O réu foi considerado culpado por homicídio triplamente qualificado. Os 28 anos de prisão vieram da soma de 18 anos pelo homicídio, 6 anos e 7 meses por estrupo e o restante por forjar um suicídio.
Relembre o caso
O crime foi cometido no dia 10 de novembro de 2020 na cidade de Paulo Afonso, na Bahia. A primeira impressão é de que Cintia teria cometido suicídio, mas durante as investigações a polícia descobriu que Carlos teria alterado a cena do crime.
O corpo de Cíntia Maria foi encontrado por volta das 21h dentro da sua casa, no condomínio Beira Rio, localizado na Vila Moxotó Bahia, com sinais de enforcamento. Conforme a polícia, a perícia confirmou que o ex-companheiro de Cíntia a matou e simulou um suicídio, ao descaracterizar o ambiente.
“10 de novembro de 2020 data em que foi arrancada não somente a vida, mas como todos os sonhos de uma mulher encantadora e amada por todos. Naquele ano Cintia terminaria seu curso técnico em enfermagem, conquistaria sua tão sonhada moto e sua liberdade. Liberdade essa que servira de ameaça a quem a via como objeto. Carlos Antônio dos Santos é o nome de quem por anos a manteve em um relacionamento abusivo a base de medo, mentiras e manipulações. Também em 2020 Cintia entrou em depressão profunda e acabou por fazer tratamento psiquiátrico. A cada choro e desespero tentava lutar contra a doença. Falava sempre do quão orgulhosa estava pelos filhos e da sua liberdade almejada com o divórcio. 10/11/2020 ele a matou. Estrangulou com o ódio de quem sempre a quis como posse, de quem não aceitou o divórcio. Aproveitando-se da depressão grave dela, também causada por ele, ele acabou por forjar seu suicídio. Ele não somente tirou a vida dela como deixou um vazio jamais reparado em todos que a amavam”, diz uma das mensagens postadas no perfil justiciaporcintia criado pela família de Cintia no Instagram para lutar por justiça e acompanhar o caso.