sexta-feira, janeiro 05, 2024

Petrolândia: De empregado a empregador com duas lojas e 16 funcionários; Conheça a história de Aurinézio Ferreira, da Aurinézio Construções

Empreendedor Aurinézio Ferreira (Foto: Assis Ramalho)

Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, é uma cidade empreendedora, onde estabelecimentos de diversos segmentos e portes têm despontado na economia local, em volume crescente, nos últimos 15 anos. A maior parte das empresas é composta por empreendimentos informais ou individuais, porém, também cresceu a taxa de natalidade de empresas com mais de um empregado. Um dos estabelecimentos de destaque na cidade é a empresa Aurinézio Construções, que hoje tem matriz no Bairro Nova Esperança e filial no centro da cidade.

O Blog de Assis Ramalho conversou com o empreendedor Aurinézio Ferreira, proprietário da Aurinézio Construções, para conhecer sua trajetória de empregado a empregador. Segundo Aurinézio, durante muitos anos ele trabalhou como empregado em várias lojas de Petrolândia, mas, um dia o desemprego bateu à sua porta.

Na entrevista a Assis Ramalho, Aurinézio afirma que, diante do desemprego, tomou dinheiro emprestado a juros para abrir sua empresa, há quase nove anos, e agora oferece 16 empregos diretos em suas lojas de material de construção. 

Confira a entrevista no vídeo abaixo. 


Destacamos alguns trechos da entrevista. 

A princípio, nossa reportagem perguntou como ele conseguiu passar de empregado a empregador, e o seu trajeto até os dias atuais.

Aurinézio: Primeiramente, quero agradecer a você, Assis Ramalho, pelo previlégio de ter você aqui no meu estabelecimento para fazer uma reportagem voltada à minha pessoa. Te agradeço de coração. Sobre a minha história, eu comecei como funcionário e, na verdade, ser funcionário foi uma faculdade. Tudo foi ensinamento para hoje. Eu fui balconista, fui faxineiro, fui carregador, eu fiz de tudo um pouco. Eu trabalhei 17 anos no comércio de Petrolândia. Trabalhei em casa de material de construção com Armando (Armando Rodrigues, Grupo Sanfrancisco), trabalhei com Daniel (empresas Paulinelly), trabalhei em posto de combustível, com Geraldo do Posto (Posto Rical) e, de um dia para outro, eu fiquei desempregado. Aí, eu tinha que inventar alguma coisa para mim. Comecei a trabalhar de representante, mas minha área era muito grande, eu fazia de Floresta ao sertão do Pajeú, ainda entrava na Paraíba, e também tinha o Piauí para fazer, e terminei não me adaptando.

Aurinézio relata as dificuldades para iniciar seu próprio negócio, revela que tomou dinheiro emprestado a juros para montar uma pequena loja de construção no Bairro Nova Esperança, e diz que não foi fácil chegar aonde está hoje. 

O que eu venho construindo não foi de um dia para a noite não. Tem oito anos que a gente fundou a Aurinézio Construções. Comecei primeiro no Bairro Nova Esperança. Era uma lojinha, não tinha forro, não tinha piso, não tinha nada. Foi muito sofrido. Hoje, o pessoal vê Aurinézio como um grande empreendedor, como um empresário, mas a história é grande, foi muito sofrida. Eu comecei com R$ 10.000 (dez mil reais), cara! Dinheiro emprestado a juros. Comecei sozinho. Hoje, eu estou até com um problema de coluna, consequência de esforços que eu fiz no início, porque eu trabalhava sozinho. Mas eu sempre tive um pensamento em crescer, eu tinha um objetivo. A maioria das pessoas pensam que o negócio não vai dar certo, porque querem um resultado rápido, um resultado imediato, e não é assim. Para chegar até aqui eu ralei muito.

Aurinézio diz que abre suas lojas aos domingos e feriados para dar melhor opção aos clientes que  não têm tempo disponível nos dias da semana.

Eu abro dia de domingo, dia de feriado, e não é visando somente o faturamento. O faturamento faz parte, mas eu viso o lado do cliente. Por exemplo, às vezes, quebra uma torneira em uma casa, ou algo parecido, e alguém já sabe que Aurinézio está aberto. Meu pensamento quando eu abri a loja foi focar nesses pontos fracos [da concorrência]. Muitas pessoas não têm tempo de fazer uma compra no meio da semana, porque está trabalhando. 

Aurinézio diz que o serviço de entrega é o melhor da cidade. Também afirma que apesar de ser patrão,  se considera um funcionário da loja, junto com os demais 16 empregados.

Produção industrial brasileira cresce em novembro

CNI José Paulo Lacerda 

A produção da indústria brasileira cresceu 0,5% em novembro de 2023, na comparação com o mês anterior. Essa foi a quarta taxa positiva do indicador, que havia variado 0,1% em outubro e setembro e 0,2% em agosto.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria também avançou na comparação com novembro de 2022 (1,3%). Na base de comparação anual também foi a quarta alta consecutiva. Apesar dos resultados, o setor acumula, nos 11 primeiros meses de 2023, uma variação de 0,1%. No acumulado de 12 meses, a produção industrial apresenta estabilidade.

“Mesmo com o saldo positivo de 0,9% acumulado nos últimos quatro meses, o setor industrial ainda encontra-se 0,9% abaixo do patamar pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, e 17,6% abaixo do ponto mais elevado da série histórica, que foi alcançado em maio de 2011”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

Atividades industriais

MEI tem novo valor de contribuição mensal; veja os valores e datas para ficar atento em 2024



Com o reajuste do salário mínimo, de R$ 1.320 para R$ 1.412, o valor da contribuição previdenciária que os Microempreendedores Individuais (MEIs) precisam pagar todos os meses também subiu em 2024.

💰 Ele passou de R$ 66 para R$ 70,60 para o MEI em geral (5% do salário mínimo), e de R$ 158,40 para R$ 169,44 para o MEI caminhoneiro (12% do salário mínimo).

É por meio do pagamento em dia dessa contribuição que o MEI garante benefícios previdenciários como aposentadoria por idade, auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-reclusão, pensão por morte e salário-maternidade, explica o Sebrae.

A contribuição é paga no Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que, além da contribuição previdenciária, cobra os impostos devidos pelos MEIs.

Os MEIs que exercem atividades sujeitas ao ICMS (comércio e indústria) têm um acréscimo de R$ 1 por mês no DAS. Para atividades sujeitas ao ISSQN (prestador de serviços), a soma é de R$ 5.

Os empreendedores que realizam os dois tipos de atividade precisam pagar os dois impostos, desembolsando R$ 6 a mais na contribuição mensal.

Assim, em 2024, o MEI em geral pagará mensalmente entre R$ 71,60 e R$ 76,60, a depender da sua atividade.

Raquel Lyra eleva repasse do programa Chapéu de Palha em 73%; Benefício é pago a mais de 22 mil trabalhadores rurais e da pesca artesanal

 

O estado prevê um incremento de R$ 13 milhões no orçamento do programa (Foto: Divulgação)

Neste ano, mais de 22 mil trabalhadores pernambucanos da fruticultura, da cana-de-açúcar e da pesca artesanal terão aumento de 38% no valor total dos benefícios pagos pelo Programa Chapéu de Palha. Outra novidade é que os beneficiários contarão com uma parcela extra do auxílio.

Antes, os valores eram repassados em quatro parcelas e agora serão pagos em cinco vezes. Somando o reajuste do benefício e o adicional de uma parcela para cada trabalhador, o estado prevê um incremento de R$ 13 milhões no orçamento do programa, o que representa uma alta de 73% em relação a 2023.

Segundo o secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Fabrício Marques, até o ano passado, os trabalhadores rurais recebiam R$ 271,10 e, neste ano, passam a contar com R$ 373,08 em cada parcela do auxílio. Com isso, quem antes recebia um total de aproximadamente R$ 1.084, passa a receber R$ 1.865, um ganho médio de R$ 781.

Já os pescadores artesanais, que eram contemplados com R$ 281,90, terão direito a R$ 387,04 por parcela. Ou seja, quem antes contava com um total de R$ 1.127, passa a receber R$ 1.935. Um acréscimo de R$ 800. A faixa etária também foi ampliada de 18 anos a 29 anos. Antes, os inscritos tinham idade de 18 anos a 24 anos.