Visão de parte do Cine São Francisco (Cinema de Valmir), e Churrascaria O Casarão
Hoje, o Blog de Assis Ramalho vai no fundo do Baú, e mostra algumas fatos para nos lembrar da nossa saudosa velha Petrolândia, hoje submersas as águas do Rio São Francisco.Velha Petrolândia, quem viveu jamais esquecerá!
Visão de parte do Cine São Francisco (Cinema de Valmir), e Churrascaria O Casarão
João do Alambique (In memoriam)
Em pé: Gilvan, Manoel Gabriel, Chico de Duduta, Carlos Caçote e Tadeu Flamengo
Agachados: Vicente, Arnaldo (Dé) e Evilásio
Local: Quadra do Colégio Normal Municipal da Velha Petrolândia
Confira imagens abaixo. por meio de vídeos
Velha Petrolândia/PE Reminiscencias e saudades
Vídeo/Crédito: Luciano Menezes
Agachados: Vicente, Arnaldo (Dé) e Evilásio
Local: Quadra do Colégio Normal Municipal da Velha Petrolândia
Confira imagens abaixo. por meio de vídeos
Conheça a história de Petrolândia
A colonização da região começou no século XVIII, quando foram fundadas as fazendas Brejinho da Serra e Brejinho de Fora. Os primeiros núcleos de povoamento surgiram onde havia uma frondosa árvore de jatobá e um bebedouro para o gado. Por causa disso, o povoado ficou conhecido como Bebedouro de Jatobá.
Em 1859, em busca de apoio político para sustentar-se no poder, o Imperador D. Pedro II visitou o Norte, mais especialmente a região hoje conhecida por Sertão do Submédio São Francisco, com longa excursão por cidades ribeirinhas entre as atuais margens de Alagoas, Sergipe e Bahia. Da margem onde atualmente está situada Delmiro Gouveia, o Imperador conheceu a cachoeira de Paulo Afonso.
Após a visita, o Dom Pedro II distribuiu títulos nobiliárquicos na região e, tempos depois, autorizou a construção de uma ferrovia na região, que seria denominada Paulo Afonso, para ligar economicamente o Alto e o Baixo São Francisco, separados por obstáculos naturais, como cachoeiras e corredeiras, que impediam o transporte fluvial.
Em Petrolândia foram construídos um cais e uma estação da ferrovia. Esta linha era uma ferrovia isolada das outras e foi construída no início dos anos 1880 - mais exatamente, foi inaugurada em 1883 - para ligar os dois pontos do rio São Francisco onde, entre eles, não era possível a navegação.
A estação local recebeu o nome de Jatobá, nome do povoado onde foi construída. O porto fluvial para receber e embarcar cargas que vinham pelo rio e que seguiam de ou para Piranhas, cerca de 115 km rio abaixo, ponto final da ferrovia, em Alagoas, onde ficava a maior parte da ferrovia, que não cruzava o rio São Francisco, percorrendo sempre sua margem esquerda.
Em 1887, a sede do município de Tacaratu foi transferida para o povoado de Jatobá, pela primeira vez, devido ao crescimento e desenvolvimento do povoado, causado pela ferrovia. No entanto, as lutas políticas entre grupos da região e mais a construção de outras ferrovias, em Juazeiro e Pirapora, também nas margens do rio, cidades que passaram a ser ligadas por vapores fluviais, o comércio em Jatobá decaiu bastante. Para piorar, em 1906 e em 1919 o rio transbordou e destruiu diversas casas em Jatobá. Como resultado, a sede do município voltou novamente para Tacaratu, em 1928.
Em 1935, Jatobá passou a se chamar Itaparica, nome de uma das cachoeiras próximas. A estação ferroviária mudou de nome também e, em 1943, Itaparica voltou a ser a sede do município. No final desse mesmo ano, mudou outra vez de nome. Passou a ser Petrolândia, em homenagem a Dom Pedro II.
Em 1964, a ferrovia encerrou suas atividades, sob alegação de ser altamente deficitária. Os rumores desse fechamento vinham desde 1942 e somente por pressões políticas a ferrovia continuou funcionando por mais 20 anos.
No dia 6 de março de 1988, a sede administrativa de Petrolândia foi oficialmente transferida para uma a nova cidade, construída às margens da BR-316. O centro da antiga cidade e vários povoados situados em áreas próximas ao rio foram alagados para a construção da Usina Hidrelétrica de Itaparica, posteriormente renomeada Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. A população foi reassentada em bairros da Nova Petrolândia, em agrovilas e projetos de irrigação.
A partir do enchimento do Lago de Itaparica, além das atividades pecuárias e agricultura de sequeiro tradicionais, novas atividades foram implantadas ou cresceram em importância no município, como a piscicultura em tanques redes e a fruticultura irrigada.
Das principais atividades econômicas destacam-se a agricultura na produção de fruticultura irrigada, também o comércio, a indústria, a pecuária, a piscicultura e o turismo.
Confira abaixo fotos da atual cidade de Petrolândia-PE
A colonização da região começou no século XVIII, quando foram fundadas as fazendas Brejinho da Serra e Brejinho de Fora. Os primeiros núcleos de povoamento surgiram onde havia uma frondosa árvore de jatobá e um bebedouro para o gado. Por causa disso, o povoado ficou conhecido como Bebedouro de Jatobá.
Em 1859, em busca de apoio político para sustentar-se no poder, o Imperador D. Pedro II visitou o Norte, mais especialmente a região hoje conhecida por Sertão do Submédio São Francisco, com longa excursão por cidades ribeirinhas entre as atuais margens de Alagoas, Sergipe e Bahia. Da margem onde atualmente está situada Delmiro Gouveia, o Imperador conheceu a cachoeira de Paulo Afonso.
Após a visita, o Dom Pedro II distribuiu títulos nobiliárquicos na região e, tempos depois, autorizou a construção de uma ferrovia na região, que seria denominada Paulo Afonso, para ligar economicamente o Alto e o Baixo São Francisco, separados por obstáculos naturais, como cachoeiras e corredeiras, que impediam o transporte fluvial.
Em Petrolândia foram construídos um cais e uma estação da ferrovia. Esta linha era uma ferrovia isolada das outras e foi construída no início dos anos 1880 - mais exatamente, foi inaugurada em 1883 - para ligar os dois pontos do rio São Francisco onde, entre eles, não era possível a navegação.
A estação local recebeu o nome de Jatobá, nome do povoado onde foi construída. O porto fluvial para receber e embarcar cargas que vinham pelo rio e que seguiam de ou para Piranhas, cerca de 115 km rio abaixo, ponto final da ferrovia, em Alagoas, onde ficava a maior parte da ferrovia, que não cruzava o rio São Francisco, percorrendo sempre sua margem esquerda.
Em 1887, a sede do município de Tacaratu foi transferida para o povoado de Jatobá, pela primeira vez, devido ao crescimento e desenvolvimento do povoado, causado pela ferrovia. No entanto, as lutas políticas entre grupos da região e mais a construção de outras ferrovias, em Juazeiro e Pirapora, também nas margens do rio, cidades que passaram a ser ligadas por vapores fluviais, o comércio em Jatobá decaiu bastante. Para piorar, em 1906 e em 1919 o rio transbordou e destruiu diversas casas em Jatobá. Como resultado, a sede do município voltou novamente para Tacaratu, em 1928.
Em 1935, Jatobá passou a se chamar Itaparica, nome de uma das cachoeiras próximas. A estação ferroviária mudou de nome também e, em 1943, Itaparica voltou a ser a sede do município. No final desse mesmo ano, mudou outra vez de nome. Passou a ser Petrolândia, em homenagem a Dom Pedro II.
Em 1964, a ferrovia encerrou suas atividades, sob alegação de ser altamente deficitária. Os rumores desse fechamento vinham desde 1942 e somente por pressões políticas a ferrovia continuou funcionando por mais 20 anos.
No dia 6 de março de 1988, a sede administrativa de Petrolândia foi oficialmente transferida para uma a nova cidade, construída às margens da BR-316. O centro da antiga cidade e vários povoados situados em áreas próximas ao rio foram alagados para a construção da Usina Hidrelétrica de Itaparica, posteriormente renomeada Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. A população foi reassentada em bairros da Nova Petrolândia, em agrovilas e projetos de irrigação.
A partir do enchimento do Lago de Itaparica, além das atividades pecuárias e agricultura de sequeiro tradicionais, novas atividades foram implantadas ou cresceram em importância no município, como a piscicultura em tanques redes e a fruticultura irrigada.
Das principais atividades econômicas destacam-se a agricultura na produção de fruticultura irrigada, também o comércio, a indústria, a pecuária, a piscicultura e o turismo.
Confira abaixo fotos da atual cidade de Petrolândia-PE
Vídeo/Crédito: Luciano Menezes
Montagem: Lúcia Xavier/Arquivo BlogAR
Ruy Sá é nome e voz indissociável da história de Petrolândia. Muitas músicas cantaram Petrolândia, mas nenhuma delas comparável ao eterno hit "Recordações", canção que Ruy imortalizou porque a cantou de alma e coração. Com sua sensibilidade de poeta e filho desta terra, Ruy provavelmente não sabia que esta música se tornaria um hino à saudade que acompanha os petrolandenses, estejam onde estiverem.
Desde o dia 15 de junho de 2014, data de sua partida, Ruy Sá também reside nas nossas recordações, assim como a velha Petrolândia, submersa pelo progresso. Aquele torrão não era desenvolvido e atraente como a nova cidade, mas - por razões que talvez só Deus pode explicar - deixamos nossos umbigos e uma parte imensa de nossos corações na amada terra natal.
Com grande sensibilidade artística e talento, Ruy Sá compôs e cantou "Recordações", a música que se tornou o hino dos petrolandenses à sua velha cidade, jamais esquecida, como jamais esquecido será também Ruy Sá.
Desde o dia 15 de junho de 2014, data de sua partida, Ruy Sá também reside nas nossas recordações, assim como a velha Petrolândia, submersa pelo progresso. Aquele torrão não era desenvolvido e atraente como a nova cidade, mas - por razões que talvez só Deus pode explicar - deixamos nossos umbigos e uma parte imensa de nossos corações na amada terra natal.
Com grande sensibilidade artística e talento, Ruy Sá compôs e cantou "Recordações", a música que se tornou o hino dos petrolandenses à sua velha cidade, jamais esquecida, como jamais esquecido será também Ruy Sá.
Ficou gravado na memória deste blogueiro e radialista Assis Ramalho, uma frase dita por ele (reproduzida acima), durante uma das muitas farras, regadas a cerveja e animadas a violão, que nós costumávamos fazer nas noites inesquecíveis da nossa querida Velha Petrolândia.
Naquela noitada de música, lá pelas tantas horas da madrugada, ele disse essa frase que causou forte comoção entre nós, levando todos às lágrimas, inclusive ele.
"Quando as águas começarem a alcançar a minha querida Petrolândia eu vou me embora, mesmo que seja com o coração partido, porque para mim nunca vai existir a velha e a nova Petrolândia. Petrolândia será única e eterna."
A promessa foi cumprida. Ruy Sá não suportou ver as águas do Velho Chico cobrirem a sua querida cidade e foi embora para São Paulo. Lá, morou por mais de vinte anos, chegando a vir algumas vezes à Nova Petrolândia, visitar amigos e familiares.
Desejamos que o nome de Petrolândia seja sempre engrandecido por muitas vozes com o mesmo amor que Ruy Sá a cantou.
Assis Ramalho
Recordações (cantor e compositor: Rui Sá)
Temos às margens de um rio Petrolândia
Cidade que um dia esse nome bonito se deu
Famílias que tiveram seus filhos assim como eu
Petrolândia
Um dia chegou bem mais forte a força do progresso
Falando primeiro e mais alto do que a própria razão
Sangrando e desmarcando o compasso do coração
Petrolândia
Em cada manhã de setembro quando eu acordar
Lembrarei de uma banda tocando alvoradas no ar
O céu todo azul tão bonito
Gente querendo olhar
Bandeiras, crianças, desfiles
E um hino pra se cantar
Petrolândia
Levo guardado na mente
Lembranças que serão permanentes
Recordações
Quantas emoções
Petrolândia
Petrolândia
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotomontagem: Lúcia Xavier
Naquela noitada de música, lá pelas tantas horas da madrugada, ele disse essa frase que causou forte comoção entre nós, levando todos às lágrimas, inclusive ele.
"Quando as águas começarem a alcançar a minha querida Petrolândia eu vou me embora, mesmo que seja com o coração partido, porque para mim nunca vai existir a velha e a nova Petrolândia. Petrolândia será única e eterna."
A promessa foi cumprida. Ruy Sá não suportou ver as águas do Velho Chico cobrirem a sua querida cidade e foi embora para São Paulo. Lá, morou por mais de vinte anos, chegando a vir algumas vezes à Nova Petrolândia, visitar amigos e familiares.
Desejamos que o nome de Petrolândia seja sempre engrandecido por muitas vozes com o mesmo amor que Ruy Sá a cantou.
Assis Ramalho
Recordações (cantor e compositor: Rui Sá)
Temos às margens de um rio Petrolândia
Cidade que um dia esse nome bonito se deu
Famílias que tiveram seus filhos assim como eu
Petrolândia
Um dia chegou bem mais forte a força do progresso
Falando primeiro e mais alto do que a própria razão
Sangrando e desmarcando o compasso do coração
Petrolândia
Em cada manhã de setembro quando eu acordar
Lembrarei de uma banda tocando alvoradas no ar
O céu todo azul tão bonito
Gente querendo olhar
Bandeiras, crianças, desfiles
E um hino pra se cantar
Petrolândia
Levo guardado na mente
Lembranças que serão permanentes
Recordações
Quantas emoções
Petrolândia
Petrolândia
Fotomontagem: Lúcia Xavier
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.