Ao som de música instrumental, viticultores cultivam as uvas em uma vinícola em Garanhuns, no agreste pernambucano. Neste local, pesquisadores realizaram as primeiras experiências com o plantio de mudas de uva na região.
Atualmente, a colheita é de dez toneladas de uvas tintas por hectare e de sete toneladas por hectare de uvas brancas. A produção anual desta vinícola é de mais de vinte mil garrafas.
"É uma região realmente que se adaptou, a uva se adaptou muito bem aqui. Consequentemente, vai produzir grandes vinhos, tanto no campo, como também na cidade. Porque tudo agrega né, tanto o comércio, como os restaurantes, lojas, também, de vinhos, né", diz Lucimario Paulino, sommelier.
"Eu não sabia que existia uma vinícola aqui. Sensacional”, conta o médico Dirce Barbalho, turista.
A Embrapa, o Instituto Agronômico de Pernambuco e a Universidade Federal de Garanhuns estudaram dez variedades de uvas europeias - e recomendaram o plantio de seis tipos na região, como:
Sauvignon Blanc e Viognier para a produção de vinhos brancos;
Cabernet Sauvignon e Malbec, para tintos.
Há quatro anos, o agreste pernambucano tinha uma vinícola. Agora, são seis.
A vinícola fica a cerca de 800 metros de altitude, onde a combinação de exposição solar variada e diferentes microclimas são fundamentais para a viticultura. Essa condição afeta diretamente o crescimento das uvas, influenciando o sabor, a cor, a textura e a durabilidade dos vinhos. O resultado é uma produção de alta qualidade, que reflete as características únicas da região.
"A região de altitude permite uma maturação mais lenta, no caso, mais longa. E isso melhora as características, no caso, a maturação fenólica melhora as características da uva em si para o processamento das características para o vinho. Melhora essas características, agregando valor ao produto final", conta Mairon Moura, professor e pesquisador.
Ainda no agreste, em Bonito (PE), as cachoeiras, que recebem muitos turistas, agora dividem o espaço com os vinhedos.
"Como a gente tem um turismo rural, uma paisagem belíssima... Porque Bonito, de fato, é muito bonito. Tem muita riqueza natural. E por que não aproveitar isso para que as pessoas possam beber o seu vinho, viver aquele momento e contemplar a natureza do agreste pernambucano?", diz Zinedja França, sommelier da vinícola.
Quem vai até o local fica encantado com a paisagem e com o sabor dos vinhos.
"A gente achou incrível, eu fiquei encantada com toda a estrutura e também nos pontos que vão parando para experimentar os vinhos. Achei maravilhoso", reforça a maquiadora Jaqueline França.
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