Desemprego no Brasil caiu para 6,4% em setembro, segunda menor taxa da história (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
Os pedidos de demissão feitos pelos empregados atingiram um recorde histórico no período de um ano no Brasil. A explicação pode estar no aquecimento da economia e uma mudança no comportamento das pessoas.
Um mercado que sente as dificuldades de contratar e manter funcionários é o de bares e restaurantes, justamente pelas características desse comércio: os funcionários têm horário fixo, trabalha de final de semana e, às vezes, até altas horas da noite. Com grande oferta de vagas, fica difícil preencher as que têm maior exigência.
Mas a procura por funcionários se espalha também por outros setores da economia. A grande oferta de empregos levou o Brasil a um recorde histórico: nunca tanta gente pediu demissão, quase 8,5 milhões de brasileiros em 2024.
São pessoas que se demitem de um emprego para começar outro.
"Nos últimos anos, eu troquei de emprego variando de 1 a 2 anos, no máximo. No último, eu fiquei dois anos, esse aqui estou há sete meses. Mas sempre foi questão de 'estou gostando, fico', senão saio", contou o garçom Gustavo Silva de Jesus.
Mas o fenômeno das demissões não é explicado só pela oferta de vagas.
"A gente tem uma entrada de uma geração mais jovem no mercado de trabalho que hoje preza por qualidade de vida, e são os jovens que proporcionalmente acabam se desligando mais, porque se eles encontram uma melhor oportunidade, em uma outra empresa, eles vão pular de uma empresa para outra sem nenhum problema, diferentemente das gerações anteriores que pesavam por fazer uma carreira numa única empresa para o resto da vida" explica Bruno Imaizumi, economista da LCA.
Jonata Tribioli, diretor de operações de uma construtora, está contratando. Uma das vagas do departamento jurídico ficou com Karina Cruz, que estava empregada, mas queria um cargo diferente. "Eu gostaria de ter essa recolocação dentro da companhia onde eu estava, porém não houve essa possibilidade e busquei no mercado. Eu não demorei para encontrar, todo o processo seletivo até ser contratada durou em torno de dois meses".
Agora, a construtora tem um plano para segurar Karina na vaga. Um desafio de um mercado de trabalho que se transforma rapidamente.
"É uma necessidade de mercado. Se as empresas não se adaptarem em programas de retenção de talentos, elas vão ficar com essa rotatividade aí sempre contratando pessoas novas, sempre tendo que buscar pessoas novas. então todos os setores na verdade estão passando por isso", diz Jonata Tribioli.
Por Jornal Nacional
Um mercado que sente as dificuldades de contratar e manter funcionários é o de bares e restaurantes, justamente pelas características desse comércio: os funcionários têm horário fixo, trabalha de final de semana e, às vezes, até altas horas da noite. Com grande oferta de vagas, fica difícil preencher as que têm maior exigência.
Mas a procura por funcionários se espalha também por outros setores da economia. A grande oferta de empregos levou o Brasil a um recorde histórico: nunca tanta gente pediu demissão, quase 8,5 milhões de brasileiros em 2024.
São pessoas que se demitem de um emprego para começar outro.
"Nos últimos anos, eu troquei de emprego variando de 1 a 2 anos, no máximo. No último, eu fiquei dois anos, esse aqui estou há sete meses. Mas sempre foi questão de 'estou gostando, fico', senão saio", contou o garçom Gustavo Silva de Jesus.
Mas o fenômeno das demissões não é explicado só pela oferta de vagas.
"A gente tem uma entrada de uma geração mais jovem no mercado de trabalho que hoje preza por qualidade de vida, e são os jovens que proporcionalmente acabam se desligando mais, porque se eles encontram uma melhor oportunidade, em uma outra empresa, eles vão pular de uma empresa para outra sem nenhum problema, diferentemente das gerações anteriores que pesavam por fazer uma carreira numa única empresa para o resto da vida" explica Bruno Imaizumi, economista da LCA.
Jonata Tribioli, diretor de operações de uma construtora, está contratando. Uma das vagas do departamento jurídico ficou com Karina Cruz, que estava empregada, mas queria um cargo diferente. "Eu gostaria de ter essa recolocação dentro da companhia onde eu estava, porém não houve essa possibilidade e busquei no mercado. Eu não demorei para encontrar, todo o processo seletivo até ser contratada durou em torno de dois meses".
Agora, a construtora tem um plano para segurar Karina na vaga. Um desafio de um mercado de trabalho que se transforma rapidamente.
"É uma necessidade de mercado. Se as empresas não se adaptarem em programas de retenção de talentos, elas vão ficar com essa rotatividade aí sempre contratando pessoas novas, sempre tendo que buscar pessoas novas. então todos os setores na verdade estão passando por isso", diz Jonata Tribioli.
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