O cearense João Marinho Neto se tornou o homem mais velho do mundo, aos 112 anos e 52 dias, após a morte de um britânico, nesta terça-feira (26), também aos 112 anos.
Aos 112 anos e 58 dias, o agricultor cearense João Marinho Neto, considerado o homem mais velho do mundo, tem uma dieta balanceada, feita por nutricionista, no abrigo para idosos onde vive em Apuiáres, no interior do Ceará. Na hora da refeição, porém, ele não abre mão de comer o que gosta: café, rapadura, uvas e galinha caipira.
“A gente já pede a nutricionista pra colocar as coisas que ele mais gosta", explicou Edgar Rodrigues, coordenador da unidade de acolhimento Lar São Sebastião, onde João Marinho na companhia de outros doze idosos - o mais novo com 60 anos, menos da metade da idade do recordista.
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Na última quinta-feira (28), o cearense foi confirmado Guinness World Records como homem mais velho do mundo, com 112 anos e 52 dias. O título veio após a morte de John Tinniswood, britânico que detinha a marca, mas faleceu no dia 25 de novembro.
Conforme o abrigo, João Marinho possui uma saúde invejável. Com exceção do problema de visão que o deixou cego, o agricultor não tem outros problemas registrados.
"Ele não tem nenhuma comorbidade, ele não tem hipertensão, ele não tem diabete, não tem histórico de AVC ou de câncer, nada. Ele não toma nada, nada mesmo. A gente, sempre que vem, ele nunca está sentindo nada", contou à TV Verdes Mares a enfermeira Diulia Dara Marinho.
“Ele mora lá e vive naturalmente bem, se alimenta bem, dorme bem, conversa, entende tudo, conhece todo mundo. Os filhos, ele conhece pela voz”, disse Marcos Vinícius, filho de João Marinho Neto, ao g1.
'Tive uma vida feliz'
João Marinho Neto nasceu na cidade de Maranguape, na região metropolitana de Fortaleza, em 5 de outubro de 1912. Ele vem de uma família de fazendeiros, que se mudou para a zona rural de Apuiarés, no interior do Ceará, quando ele ainda era criança.
Quando perguntado sobre a longa vida que viveu, o agricultor é franco na resposta. "Eu tive uma vida feliz, meu filho [...], com muita saúde, tudo eu tinha, tinha gado pra fazer queijo, tinha tudo”, destaca.
O cearense tem sete filhos (uma já faleceu), 22 netos, 15 bisnetos e três tataranetos. Desde que perdeu a visão, mora no abrigo de idosos. A família costuma visitá-lo com frequência. "João disse que o segredo para a vida longa é estar cercado de boas pessoas e manter por perto os amados", publicou o "Guinness".
“É um homem alegre, feliz e recebe todo mundo bem, muito educado, muito gente boa demais com todo mundo, e vive a vida dele normalmente lá no lar dos idosos, muito bem cuidado”, reforçou o filho de João, Marcos Vinícius.
Um grupo de pesquisadores que é referência no monitoramento e no mapeamento de supercentenários pelo mundo, o LongeviQuest, já havia informado que, em abril de 2024, quando ainda tinha 111 anos, João Marinho Neto havia se tornado o homem mais velho da América Latina, após a morte do venezuelano Juan Vicente Pérez Mora, que tinha 114 anos
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Petrolândia: Família celebra 102 anos da matriarca Expedita Ramalho; FOTOS E VÍDEO
Fotos e vídeo: Assis Ramalho e Lúcia Xavier Ramalho
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No dia 19 de novembro de 2024 , Expedita Jacobino Ramalho, avó deste blogueiro e radialista, recebeu os parabéns de filhos, netos, bisnetos, trinetos, e demais parentes, na comemoração de seu aniversário de 102 anos.
As homenagens aconteceram na casa da residência da família, situada na quadra 05 de Petrolândia..Expedita Jacobino Ramalho nasceu em 19 de novembro de 1922, no Sítio Cajazeiras, município de Ibiara, no sertão da Paraíba. Filha de Isaías Jacobino de Souza e Ana Ramalho de Souza, ficou órfã de mãe aos 20 anos de idade.
Antônio e Expedita constituíram família e tiveram 11 filhos: Maria Elita Ramalho, Maria José, Eliêda, Socorro, Carminha, Aparecida, Naninha (Donana), Manoel (falecido), Pedro, Antônio (Toinho) e Isaías.
VEJA NO FINAL DESTA MATÉRIA A HISTÓRIA COMPLETA DE EXPEDITA RAMALHO
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VEJA ABAIXO VÍDEOS E FOTOS. DA ANIVERSÁRIANTE DE 102 ANOS
CONHEÇA SUA HISTÓRIA
Expedita Jacobino Ramalho - uma vida de luta e conquistas ao lado do marido Antônio Nunes, no sítio Mundo Novo (Petrolândia).
Expedita Jacobino Ramalho nasceu em 19 de novembro de 1922, no Sítio Cajazeiras, município de Ibiara, no sertão da Paraíba. Filha de Isaías Jacobino de Souza e Ana Ramalho de Souza, ficou órfã de mãe aos 20 anos de idade.
A convite do pai, Isaías, fizeram um passeio para visitar familiares que residiam na região de Tacaratu-PE. Nessa visita Expedita conheceu o jovem Antônio Nunes de Souza, filho único do tacaratuense Pedro Nunes de Souza e de Marcionila Gomes Souza, natural de Floresta-PE. Apaixonados, casaram-se pouco tempo depois.
Antônio e Expedita constituíram família e tiveram 11 filhos: Elita, Maria José, Eliêda, Socorro, Carminha, Aparecida, Naninha (Donana), Manoel (falecido), Pedro, Antônio e Isaías.
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HISTÓRICO DE VIDA NO SÍTIO MUNDO NOVO/PETROLÂNDIA
Expedita Jacobino Ramalho cuidava da casa e na hora da colheita ajudava o marido Antônio Nunes, mas nunca precisou trabalhar de enxada. Levava comida para os trabalhadores e, aqui acolá, se juntava às mulheres para apanhar feijão quando a safra era farta. Antônio Nunes e Expedita Jacobina gostavam de ver o trabalho animado da casa de farinha. Era tanta mandioca que precisava chamar gente de fora para ajudar.
As mulheres, normalmente eram as encarregadas de raspar a mandioca, que depois de raspadas eram colocadas na cevadeira, espécie de triturador, fazendo a massa cair em um grande cocho de madeira , que depois era levada para a prensa. Fazer a roda da prensa girar era coisa de homem, precisava ter força. A água que desprendia da massa era jogada fora. Era venenosa. Já a massa, agora livre da água, era peneirada e seguia para o forno, onde era mexida por braços de homem até torrar. Uma parte dessa massa, antes de ir ao forno, era novamente lavada e jogada dentro de uma pequena rede para coar. O caldo que dela escorria era aparado, da água decantada surgia a goma branquinha com a qual se fazia o tapioca e o beijú.
Eram noites animadas na casa de farinha de propriedade de Antônio Nunes. De manhã beiju quentinho pra todo mundo comer com o café que Expedita trazia de casa logo cedo. Também costurava enormes sacos de tecido para armazenar toda a farinha, resultado de até um mês de farinhada, muitas vezes.
A única festa que o casal não perdia era a de Nossa Senhora da Saúde em Tacaratu. Antonio Nunes levava carne de bode retalhada e ficavam por lá, pelo menos os últimos três da festa em casa de amigos. Religiosa, católica fervorosa, Expedita é integrante do Apostolado da Oração desde esse tempo. Muitas vezes o casal ia a pé assistir à missa do Sagrado Coração de Jesus em Tacaratu.
Os filhos foram crescendo e precisavam continuar a estudar, pois no sítio Mundo Novo só havia o primário. Antônio Nunes, que era marchante, matava boi para a feira de Barreiras, comprou casa lá e botou os filhos mais velhos para estudar. Anos depois teve que comprar casa em Petrolândia para que fizessem o segundo grau. Moraram na rua Gonçalves Dias, 126. Antônio Nunes e Expedita Jacobina continuavam no Mundo Novo.
Mas havia a questão indígena. As terras, segundo eles, haviam sido doadas aos índios pela Princesa Isabel, conta de ouvir falar, Expedita Jacobina. Já havia uma parte delas demarcadas. Uma cerca passava perto de uma propriedade da família dos Nunes. Mas eles reivindicavam toda a aérea e nela incluía toda a terra do Mundo Novo. Essa questão durou anos. Antes de chegarem a uma solução, Antonio adoeceu e tiveram que vir morar em Petrolândia.
Antônio Nunes tinha adquirido a doença de Chagas, o coração estava crescido. Só depois de falecido a família recebeu a indenização de suas terras do Mundo Novo. Com o dinheiro construíram casa na nova cidade de Petrolândia, que estava mudando de localização em função da inundação causada pela barragem de Itaparica. Ficaram casados por 50 anos. Ele faleceu em 2001, aos 89 anos.
Antônio Nunes faleceu em 26/11/2001
Blog de Assis Ramalho
Fotos e vídeo: Assis Ramalho e Lúcia Xavier Ramalho
Fonte: Museu da Pessoa
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