Lula, Nunes e Tarcísio em ato para assinatura de acordos com BNDES
Imagem: Ricardo Stuckert/PR
O que aconteceu
Esse é o primeiro encontro entre os três após o resultado das eleições municipais. A cerimônia ainda teve a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, além de secretários dos governos municipal e estadual.
* O contrato com os ônibus elétricos é de R$ 2,5 bilhões. O acordo é para compra de 1.300 veículos de fabricação nacional para Prefeitura de São Paulo. A gestão de Ricardo Nunes ficou distante da meta de entregar ônibus deste modelo
Lula em evento do BNDES com Tarcísio e Nunes
Lula x Tarcísio e Nunes
* A cerimônia de assinatura dos contratos ocorre em meio ao indiciamento de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente é suspeito com outras 36 pessoas dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Por: Ana Paula Bimbati e Felipe PereiraDo UOL, em São Paulo e em Brasília
* A cerimônia de assinatura dos contratos ocorre em meio ao indiciamento de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente é suspeito com outras 36 pessoas dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
* A PF também encontrou plano para matar Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e ministro Alexandre de Moraes. O documento, denominado "Punhal verde amarelo", foi impresso pelo general Mário Fernandes, dias após a derrota de Bolsonaro em 2022 e foi entregue ao ex-presidente.
* O assunto foi citado nos discursos dos ministros do governo Lula durante a cerimônia. Rui Costa disse que o presidente "não se abala um milímetro" mesmo após as notícias de tentativa de golpe. O petista não discursou no evento.
* Tarcísio esteve no Alvorada na mesma data em que foi discutida a minuta do golpe. A informação consta no relatório da PF. Segundo o documento, o então governador eleito chegou ao Palácio que serve de residência ao presidente da República no dia 19 de novembro de 2022 às 17h19 e saiu às 19h17.
* O governador e o prefeito de São Paulo sentaram o mais longe possível de Lula. O presidente ficou no centro da fila de cadeiras onde estavam as autoridades. Nunes e Tarcísio foram para a ponta da fileira.
* A postura contrasta com o que ocorreu antes de o evento começar. A entrada do presidente foi anunciada pelo mestre-de-cerimônias, mas ele não entrou na sala. Ficou cochichando com Nunes e Tarcísio no corredor que leva ao espaço. A conversa durou por minutos. Ao final, eles também voltaram a se falar.
* A relação dos líderes políticos é recheada de trocas de farpas e apoios a desafetos. Apesar de o MDB de Nunes ser da base do governo federal, Lula apadrinhou o rival do prefeito na corrida municipal, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). Após ser reeleito, o emedebista disse que "não tem o menor sentido" seu partido apoiar o petista em 2026.
* Tarcísio tenta manter uma distância segura de Lula para não ser criticado por bolsonaristas. O petista já reclamou diversas vezes da ausência do governador em agendas sobre o estado. "É uma pena, porque o governador poderia estar aqui com a gente, mas ele não vai em nenhum lugar que o convido. Saindo daqui, vamos visitar uma obra em Campinas, que tem investimento do BNDES, ele [Tarcísio] está convidado, mas não vai", disse Lula, em julho deste ano.
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