Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress
Dos 37 indiciados pela Polícia Federal pelos crimes golpe de Estado, organização criminosa e/ou abolição violenta do Estado democrático de direito, estão sete generais, um almirante, além de coronéis, tenentes-coronéis, majores, subtenente e um capitão — o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Do total, 25 (ou seja, 68%) tinham patente militar.
É tanto fardado junto atuando por uma única causa que podemos dizer que essa foi uma das maiores operações militares da gestão anterior. A relação indica que a tentativa de golpe foi um projeto de Bolsonaro em sociedade com setores das Forças Armadas e não de pobres militares enganados e desviados por Jair, como alguns querem fazer crer.
A lista, abaixo, leva em consideração as patentes atuais e abrange militares da ativa, da reserva ou reformados:
General AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA
General ESTEVAM CALS THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA
General LAERCIO VERGILIO
General MARIO FERNANDES
General NILTON DINIZ RODRIGUES
General PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA
General WALTER SOUZA BRAGA NETTO
Almirante ALMIR GARNIER SANTOS
Coronel ALEXANDRE CASTILHO BITENCOURT DA SILVA
Coronel ANDERSON LIMA DE MOURA
Coronel BERNARDO ROMAO CORREA NETTO
Coronel CARLOS GIOVANI DELEVATI PASINI
Coronel CLEVERSON NEY MAGALHÃES
Coronel FABRÍCIO MOREIRA DE BASTOS
Coronel MARCELO COSTA CÂMARA
Tenente-coronel GUILHERME MARQUES DE ALMEIDA
Tenente-coronel HÉLIO FERREIRA LIMA
Tenente-coronel MAURO CESAR BARBOSA CID
Tenente-coronel RONALD FERREIRA DE ARAUJO JUNIOR
Tenente-coronel SERGIO RICARDO CAVALIERE DE MEDEIROS
Major AILTON GONÇALVES MORAES BARROS
Major ANGELO MARTINS DENICOLI
Major RAFAEL MARTINS DE OLIVEIRA
Capitão JAIR MESSIAS BOLSONARO
Subtentente GIANCARLO GOMES RODRIGUES…
Há militares legalistas que se moveram para impedir o golpe bolsonarista, inclusive alguns foram duramente atacados pelos militares golpistas, como mostram as investigações. E fincaram pé em seus comandos pela democracia. E precisam ser lembrados.
Mas é importante ressaltar que militares formam um dos pilares do bolsonarismo. O ex-presidente não criou a extrema direita golpista, apenas deu a ela organização e sentido através de sua eleição em 2018. Inclusive nas Forças Armadas.
Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas com a ajuda dos militares ao longo de anos. E, em, novembro de 2022, os comandantes das três forças soltaram uma nota com uma falácia absurda, apontando que o fato de não terem encontrado problemas nas urnas não significava que eles não existiam.
Leonardo Sakamoto - UOL
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