sexta-feira, novembro 29, 2024

Com volume de chuvas, Aneel anuncia bandeira verde e conta de luz ficará mais barata em dezembro


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (29) que a bandeira tarifária será verde em dezembro, ou seja, sem taxa extra na conta de luz.

Segundo a agência, a bandeira verde foi acionada por causa da "expressiva melhora" das condições de geração de energia, com as chuvas.

Neste mês de novembro, a bandeira em vigor é a amarela, com cobrança adicional de R$ 1,88 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Com a bandeira verde em dezembro, esse valor deixa de ser cobrado na conta de luz.

"Nas últimas semanas, o período chuvoso mais intenso favoreceu a geração de energia hidrelétrica, com custo de geração inferior ao de fontes termelétricas - acionada mais frequentemente quando os níveis dos reservatórios estão baixos", explicou a agência em nota.

Dezembro será o primeiro mês sem cobrança adicional na conta desde agosto, quando a Aneel anunciou a transição de bandeira verde para vermelha patamar 1 --uma das mais caras no sistema de cores da agência.

Veja as bandeiras acionadas em 2024:

janeiro: verde
fevereiro: verde
março: verde
abril: verde
maio: verde
junho: verde
julho: amarela
agosto: verde
setembro: vermelha patamar 1
outubro: vermelha patamar 2
novembro: amarela
dezembro: verde


Impacto na inflação

O sistema de bandeiras da Aneel sinaliza as condições de geração de energia no sistema elétrico.

Quando chove e os reservatórios das hidrelétricas estão cheios, o custo é menor, mas em momentos de seca o custo aumenta porque é necessário acionar mais usinas termelétricas --mais caras e poluentes.

O custo da energia, com o acionamento das bandeiras tarifárias nos últimos meses, tem sido um dos responsáveis pela alta na inflação.

Em outubro, a inflação apresentou alta de 0,54%, influenciada sobretudo pela alta nos preços da energia elétrica residencial.

As cobranças extras na conta de luz se tornaram uma preocupação para o governo, que tem que cumprir a meta de inflação, de 3% em 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.

Por Lais Carregosa, g1 — Brasília

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