Apesar de, neste ano, a primavera começar oficialmente no dia 22 de setembro, às 9h44, horário de Brasília, a chamada primavera meteorológica tem início já neste domingo (1).
As estações meteorológicas marcam os períodos do ano em que a transição de uma estação para a outra já começa a ser sentida, mesmo sem a mudança ter acontecido de acordo com o calendário.
Para entende melhor, é preciso lembrar de dois conceitos diferentes – as estações astronômicas e meteorológicas:
As estações astronômicas são aquelas que aprendemos na escola, definidas pela posição da Terra em relação ao Sol. 🌎☀️
Já as meteorológicas ou climáticas são aquelas estações que sentimos na prática, definidas pelo ciclo anual de temperatura. 🌡️☁️
Para definir os dias e horários de início das estações, os astrônomos se baseiam nos solstícios (momentos em que a luz do Sol incide de forma mais intensa sobre um dos hemisférios) e equinócios (quando a luz solar incide da mesma forma sobre os dois hemisférios).
Ano trópico, isto é, quanto tempo a Terra leva para partir de algum dos pontos que definem as estações e retornar ao mesmo ponto;
E o fuso horário.
Já no caso das estações meteorológicas, o início tende a ser muito menos preciso. Os meteorologistas dividem as estações de acordo com os ritmos climáticos e também a partir do calendário.
➡️Assim, as estações meteorológicas são divididas dessa forma:
🏖️ O verão meteorológico abrange dezembro a fevereiro.
Já no caso das estações meteorológicas, o início tende a ser muito menos preciso. Os meteorologistas dividem as estações de acordo com os ritmos climáticos e também a partir do calendário.
➡️Assim, as estações meteorológicas são divididas dessa forma:
🏖️ O verão meteorológico abrange dezembro a fevereiro.
🍂 O outono meteorológico vai de março a maio.
❄️ O inverno meteorológico ocorre de junho a agosto.
🌻 E a primavera meteorológica se estende de setembro a novembro.
Para meteorologistas e climatologistas, essa divisão é importante para a análise de dados de meses inteiros e futura comparação com padrões históricos.
Previsão para setembro
Após um fim de agosto marcado pelo retorno do calor, a previsão indica que o mês de setembro deve ter chuvas abaixo da média em boa parte do país e temperaturas elevadas.
Veja a expectativa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês:
Chuvas
As chuvas devem ficar acima da média apenas na faixa norte da região Norte, sul do Mato Grosso do Sul e de São Paulo e na região sul.
Já nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, sul da região Norte, interior do Nordeste e oeste do Paraná, estão previstas chuvas muito próximas ou abaixo da média para o período.
"A redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano é devido à persistência de massas de ar seco que ocasiona a diminuição da umidade relativa do ar", analisa o Inmet.
O cenário também tende a favorecer o aumento do número de queimadas, que já está elevado em todo o país.
Temperaturas
Para as temperaturas, a tendência é de um mês com marcas acima da média em todo o país, com possibilidade de novas ondas de calor – como a prevista para a primeira semana.
Em áreas do Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Piauí, as temperaturas médias podem ultrapassar os 30ºC.
No Sul, os três estados devem ter valores acima da média, mas as áreas de maior altitude ainda podem registrar temperaturas abaixo dos 12ºC. O mesmo deve acontecer no Sudeste.
🌨️Não está descartada a ocorrência de geadas em alguns locais dessas regiões devido à entrada de massas de ar frio que provocam a queda acentuada dos termômetros.
Expectativa para o La Niña
Após um El Niño atípico, que elevou as temperaturas pelo país e foi um dos mais intensos já registrados, a expectativa é do estabelecimento do La Niña no segundo semestre.
❄️O La Niña ocorre quando há o resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Ele é estabelecido quando há uma diminuição igual ou maior a 0,5°C nas águas do oceano. O fenômeno acontece a cada 3 ou 5 anos.
Atualmente, o Oceano Pacífico está na chamada fase neutra, quando não há atuação de nenhum dos dois fenômenos.
Segundo o relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) divulgado no dia 26 de agosto, há 66% de chance da consolidação do La Niña entre setembro e novembro.
"O La Ninã deve acontecer, mas deve ser de fraca intensidade. Também há possibilidade de temos um período apenas com viés frio, sem a consolidação do fenômeno", analisa a especialista em meterologia, Maria Clara Sassaki.
Uma análise da NOAA do início de agosto apontava que taxa de resfriamento foi mais lenta do que o previsto, mas que as condições para o desenvolvimento do fenômeno nos próximos meses ainda estão mantidas. Ainda segundo o órgão, o La Niña deve persistir ao menos até janeiro de 2025.
🌊Com a previsão de baixa intensidade, o fenômeno deve ter pouca influência nas chuvas no Brasil. Os efeitos clássicos no país costumam ser:
Aumento de chuvas no Norte e no Nordeste;
Tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares;
Tendência de tempo mais seco no Sul;
Condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.
"Vai demorar para a chuva voltar de vez. As regiões mais litorâneas ainda vão se beneficiar das frentes costeiras, mas no interior a situação tende a ser bem complicada", prevê Maria Clara.
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