A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), também conhecida como “clube dos ricos”, revisou para cima a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano e para 2025. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (25), a organização prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresça 2,9% em 2024, acima do crescimento projetado em maio, de 1,9%. Para o próximo ano, a estimativa passou de 2,1% para 2,6%.
Segundo o relatório, é esperado que o Brasil mantenha parte do “impulso econômico” visto durante o primeiro semestre de 2024, ajudado por gastos fiscais mais elevados. “Apesar de um ritmo mais lento da política monetária flexibilização, o crescimento anual deverá ser de 2,9% em 2024 e 2,6% em 2025″, diz o texto.
Além da projeção para o Brasil, a OCDE prevê que a economia mundial cresça 3,2% este ano e em 2025, um aumento de 0,1% em comparação com a última revisão para 2024. Com a estabilidade projetada para ambos anos, a organização aponta que deve se dar “com mais desinflação, melhoria dos rendimentos reais e uma política monetária menos restritiva em muitas economias ajudando a sustentar demanda”.
Em relação à inflação, o índice deverá retornar às metas do banco central na maioria das economias do G20 até o final de 2025. A organização apontou, ainda, que a inflação geral nas economias do G20 deverá cair para 5,4% em 2024 e 3,3% em 2025, abaixo dos 6,1% em 2023, com a inflação básica nas economias avançadas do G20 caindo para 2,7% em 2024 e 2,1% em 2025.
Na contramão, a OCDE indicou que a inflação no Brasil subiu, em parte devido às desvalorizações cambiais. “O recente ressurgimento das pressões sobre os preços no Brasil significa que a inflação deverá agora ser ligeiramente mais elevada no final de 2025 do que o anteriormente previsto, embora ainda em conformidade com o intervalo da meta de inflação do Banco Central”, apontou.
Por fim, o documento informa que a depreciação da moeda no Brasil, Argentina, México e Turquia ajudaram nas receitas de exportação, mas aumentaram as receitas em dólares americanos, denominadas custos do serviço da dívida e exerceu alguma pressão ascendente sobre a inflação.
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