quinta-feira, setembro 19, 2024

Marçal e Datena ficarão lado a lado no debate amanhã


Os candidatos à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB) — Foto: Fotos de Maria Isabel Oliveira/O Globo

Os candidatos à prefeitura de São Paulo mal passaram pelo debate da RedeTV! e do UOL na terça-feira (17), e já terão um novo embate nesta sexta (20). E a tensão que se seguiu à cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) foi encorpada por alguns detalhes nas regras e do sorteio pré-evento.

No debate, organizado pelo SBT em parceria com o portal Terra e a Rádio Nova Brasil, Datena e Marçal ficarão bem próximos no estúdio da emissora de TV em Osasco (SP), na Região Metropolitana da capital. A ordem dos candidatos foi definida por sorteio antes do entrevero entre os rivais, no último dia 10, e formalizada em um documento encaminhado às campanhas.

Em formato similar aos últimos dois debates, os seis candidatos convidados – além de Datena e Marçal, também estarão presentes o prefeito Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo) serão separados em trios, um de cada lado do mediador, o jornalista Cesar Filho.

Entre o tucano e o ex-coach, que ficarão à esquerda do mediador, só estará Boulos. A disposição das cadeiras chamou a atenção dos integrantes das campanhas, que passaram a temer que a proximidade leve a mais agressões de parte a parte.

Na última terça, na Rede TV!, Datena e Marçal ficaram bem longe um do outro, cada um numa ponta do estúdio. A emissora também mandou parafusar as cadeiras dos candidatos no chão e colocou um 

No evento, mais de uma vez Pablo Marçal provocou Datena – como quando comparou a agressão pelo tucano de um “comportamento análogo ao de um orangotango” e se disse vítima de uma “tentativa de homicídio”. Mas os dois não foram às vias de fato. O tucano estava ao lado de Boulos e Nunes, enquanto o ex-coach acabou isolado à direita do auditório, logo após Tabata e Marina.

Em tom de bravata, Datena afirmou que não agrediria novamente o candidato do PRTB porque “não bate duas vezes em covarde” e que muitos enxergaram o ato como “legítima defesa”. Na véspera, ele disse não se arrepender da cadeirada, embora tenha admitido ter se tratado de um erro, e que esperava ter “lavado a alma de milhões de pessoas”.

O debate da próxima sexta-feira ocorrerá depois de completa a rodada de pesquisas da Quaest (quarta-feira) e do Datafolha (quinta), com entrevistas realizadas no calor da repercussão da cadeirada de Datena em Marçal.

A Quaest já indicou que Marçal perdeu eleitores com o episódio, o que deve fazer com que ele adote alguma estratégia para recuperar terreno, dando a tônica para a estratégia das campanhas para o embate do SBT.

Outra diferença no formato do debate de sexta-feira está na duração das réplicas e tréplicas, nas quais cada candidato terá direito a um minuto para falar. São 15 segundos a mais do que no debate da RedeTV! e do UOL, que adotou um tempo mais exíguo para reduzir os episódios de hostilidades entre os candidatos, especialmente os protagonizados por Pablo Marçal.

Tanto Marçal quanto Datena estão entre os candidatos mais rejeitados da disputa. O ex-coach lidera neste ponto, com 45% dos entrevistados pela Quaest afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. O tucano tem 32% de rejeição, pouco atrás de Boulos (37%).

Por Johanns Eller, O GLOBO

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