segunda-feira, setembro 09, 2024

Bolsonaro acusa Marçal de tentar ''fazer palanque às custas dos outros''

Presença de Marçal no ato de 7 de setembro na Avenida Paulista era dúvida até o último momento. (Foto: Nelson Almeida/AFP)

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) utilizou seu perfil em uma rede social para parabenizar os que participaram do ato convocado por líderes da direita que tinha como objetivo a luta “pela liberdade e pela democracia”, realizado neste último sábado (7/9), na Avenida Paulista, em São Paulo.

Bolsonaro ainda fez elogios ao atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), e à candidata nas eleições de 2024 para a prefeitura, Marina Helena (Novo). Segundo ele, os dois postulantes tiveram uma “conduta exemplar e respeitosa”.

Apesar disso, ele classificou a tentativa do candidato Pablo Marçal (PRTB) de subir no palanque após o discurso de Bolsonaro como “lamentável” e acusou o ex-coach – como ele mesmo se define – de “fazer palanque às custas dos outros”.

“O único e lamentável incidente ocorreu após o término do meu discurso (com o evento já encerrado) quando então surgiu o candidato Pablo Marçal que queria subir no carro de som e acenar para o público (fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros), e não foi permitido por questões óbvias”, escreveu Bolsonaro, em publicação no Instagram.

A presença de Marçal no ato de 7 de setembro na Avenida Paulista era dúvida até o último momento. Durante a maior parte das manifestações, o candidato do PRTB permaneceu em outro palanque distante de onde estava o ex-presidente.

Em nota encaminhada à imprensa, Marçal afirma ter sido surpreendido pelo impedimento de acesso ao caminhão. "Essa foi só mais uma manobra frustrada dos desesperados que tentaram me silenciar, mas foram calados pelo apoio maciço e caloroso do povo", afirmou.

O organizador do ato, pastor evangélico Silas Malafaia, afirmou que Marçal poderia ter participado, mas chegou apenas após o encerramento por medo do ministro do STF Alexandre de Moraes, principal alvo de ataques durante a manifestação.

Ao Estadão, Malafaia destacou que Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (Novo), outros dois candidatos à Prefeitura, estavam no trio elétrico. O pastor evangélico disse que o ex-coach tentou "lacrar" com o episódio, fazendo-se de "vítima".

"Esse palhaço pensa que a gente é otário. Ele chegou no final, com o ato já encerrado, e queria subir no trio. Não. Acabou, não sobe. Tanto é que a garota do Novo [Marina Helena] subiu, o prefeito [Ricardo Nunes] subiu. Sabe o que ele quer? Fazer cortes para a campanha dele", disse Malafaia. "O cara fica igual um alucinado, querendo de todas as maneiras lacrar, quer dar uma de vítima, não foi impedido porcaria nenhuma. O evento já tinha terminado. Ele não foi antes porque tem medo do Alexandre de Moraes, é um frouxo", afirmou o pastor ao Estadão.

A reação de Bolsonaro à alegação de Marçal marca um novo capítulo dos conflitos entre o ex-coach e o ex-presidente. No mês passado, a família Bolsonaro fez ataques ao candidato do PRTB nas redes sociais e o próprio ex-chefe do Executivo desdenhou dele em uma publicação.

Nas últimas semanas, porém, a tensão foi apaziguada, causando tensão na campanha de Ricardo Nunes, candidato formalmente apoiado por Bolsonaro. No ato da Paulista, ambulantes venderam materiais de campanha que apresentavam uma união entre o ex-presidente e o ex-coach, aliança essa que, por ora, não existe
 
Com ifnromações do Correio Braziliense.e UOL

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