quinta-feira, agosto 15, 2024

Desemprego cai em 15 estados no 2º trimestre de 2024, diz IBGE



Carteira de trabalho, em imagem de arquivo — Foto: Agência Brasília

A taxa de desemprego no Brasil caiu em 15 das 27 unidades da federação (UFs) no segundo trimestre de 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos outros 11 estados e no Distrito Federal, a taxa permaneceu estável. Os números são em comparação com o primeiro trimestre de 2024.

Tiveram queda na taxa de desemprego: Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Pará, Ceará, Maranhão, Espírito Santo, Acre, Tocantins, Alagoas, Amazonas, Piauí e Bahia;
Tiveram estabilidade: Pernambuco, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amapá, Paraíba, Roraima, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Mato Grosso.


Veja a lista completa abaixo.


Taxa de desocupação, por UF, frente ao trimestre anterior (%) - 2° trimestre de 2024 — Foto: Reprodução/IBGE

As maiores taxas de desemprego por estados foram encontradas em Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%). As menores estão em Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).

Na comparação com o segundo trimestre de 2023, houve 15 quedas, mas duas das UFs registraram aumento estatisticamente significativo. Veja a distribuição abaixo.

Tiveram alta na taxa de desemprego: Roraima e Rondônia;
Tiveram queda: Goiás, Pará, Maranhão, São Paulo, Alagoas, Rio de Janeiro, Amazonas, Paraíba, Espírito Santo, Acre, Piauí, Tocantins, Bahia, Pernambuco e Amapá.
As demais UFs tiveram estabilidade.




Taxa de desocupação, por UF, frente ao mesmo trimestre do ano anterior (%) - 2° trimestre de 2024 — Foto: Reprodução/IBGE

Grandes regiões

Entre as grandes regiões, a movimentação da taxa de desemprego foi a seguinte:

Norte: queda de 8,2% para 6,9%;
Nordeste: queda de 11,1% para 9,4%;
Centro-Oeste: queda de 6,1% para 5,4%;
Sudeste: queda de 7,6% para 6,6%;
Sul: queda de 4,9% para 4,7%.

Desemprego no Brasil

No fim de julho, o IBGE mostrou que a taxa de desemprego no Brasil foi de 6,9% no fechameto do 2º trimestre.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em março, houve queda de 1 ponto percentual (p.p.) na taxa de desocupação, que era de 7,9%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8%.

Trata-se do melhor resultado para um trimestre encerrado em junho desde 2014 (6,9%). Na série comparável, é a menor taxa desde o quarto trimestre de 2014 (6,6%).
Com os resultados, o número absoluto de desocupados teve queda de 12,5% contra o trimestre anterior, atingindo 7,5 milhões de pessoas. Na comparação contra o mesmo trimestre de 2023, o recuo é de 12,8%.

No trimestre encerrado em junho, também houve alta de 1,6% na população ocupada, estimada em 101,8 milhões de pessoas — novo recorde da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 3%, com mais 2,9 milhões de pessoas ocupadas.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o ano de 2023 teve bons números, já com menor influência da recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia de Covid. Em 2024, o avanço tem relação com aquecimento da economia brasileira.

Na divisão por sexo, as mulheres seguem com taxa de desocupação maior que homens, mas ambos caíram no trimestre.
Taxa de desocupação de mulheres: de 9,8% para 8,6%;
Taxa de desocupação de homens: de 6,5% para 5,6%.

O destaque, contudo, é que no segundo trimestre, o nível de ocupação das mulheres chegou a 48,1% e foi recorde da série histórica iniciada em 2012. Para os homens e para o total, o recorde foi alcançado no quarto trimestre de 2013.

Por raça, pretos e pardos também seguem com taxas mais altas de desocupação. No trimestre, as taxas de todas as divisões caíram.

Brancos: 6,2% para 5,5%;
Pretos: 9,7% para 8,5%;
Pardos: 9,1% para 7,8%.

Rendimento segue em alta

O rendimento real habitual teve alta frente ao trimestre anterior e passou de R$ 3.158 para R$ 3.214. No ano anterior, era de R$ 3.037.

Na divisão por sexo, os homens registram renda média real de R$ 3.424, enquanto as mulheres têm renda, em média, de R$ 2.696;
Por estados, apenas quatro tiveram aumento do rendimento médio real no trimestre: Rondônia (8,7%), Pernambuco (8,5%), Ceará (7,2%) e Rio Grande do Sul (5%). Todos os demais tiveram estabilidade;
Contra o mesmo trimestre de 2023, 10 estados tiveram alta: Rio Grande do Norte (19,8%), Bahia (15,9%), Rondônia (13,3%), Maranhão (9,2%), Rio Grande do Sul (8,9%), Minas Gerais (7,5%), Paraná (6,7%), Mato Grosso (6,3%), São Paulo (6%) e Santa Catarina (5,5%). Todos os demais tiveram estabilidade.

Por g1

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