sábado, julho 27, 2024

PSDB e Cidadania oficializam candidatura de Datena à prefeitura de São Paulo em convenção com tumulto


Datena é lançado candidato à prefeitura de São Paulo em convenção do PSDB e do Cidadania — Foto: Giba Bergamim/TV Globo

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Cidadania confirmaram na manhã deste sábado (27) José Luiz Datena como candidato a prefeito de São Paulo nas eleições municipais de outubro. Ele terá como vice José Anibal, do PSDB.

Jornalista e apresentador de programas policiais na TV, o último deles na Band, Datena tem 67 anos. Ele está afastado da apresentação desde que se lançou pré-candidato.

Antes da convenção teve confusão com integrantes da ala do PSDB contrária à candidatura de Datena. Eles foram impedidos de entrar — Foto: Giba Bergamim/TV Globo

A confirmação ocorreu durante convenção partidária na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na Zona Sul da capital paulista.

A convenção da federação PSDB e do Cidadania para oficializar a candidatura de Datena como candidato a prefeito de São Paulo teve confusão neste sábado no plenário da Alesp.

Um grupo do PSDB contrário à candidatura do apresentador de TV tentou entrar no plenário da Alesp, mas foi impedido por outros integrantes da convenção que tinham adesivos escrito "Datena" colados nas roupas.

Em 2022, o PSDB formou uma federação com o Cidadania, com validade até, pelo menos, 2026.

A Polícia Militar (PM) foi acionada e cercou o plenário Paulo Kobayashi para permitir que a convenção, marcada para esta manhã, ocorra.

Segundo a TV Globo apurou, Fernando Alfredo, ex-presidente do PSDB em São Paulo, estava no grupo contrário à oficialização de Datena como candidato do partido à prefeitura. Fernando também queria se lançar como pré-candidato e disputar com Datena as prévias partidárias para decidir quem seria oficializado.

"Estão impedindo que eu saía candidato pelo partido”, disse Fernando. O grupo contrário ficou do lado de fora do plenário e depois seguiu para o lado de fora da Alesp para protestar.

O ex-presidente do PSDB afirmou aos jornalistas que irá registrar um boletim de ocorrência na polícia para informar que foi ferido na mão durante a confusão. Fernando também falou que vai entrar na Justiça com uma ação para impugnar a convenção que definiu Datena e José Aníbal, respectivamente como candidatos a prefeito e vice.

Enquanto isso, Datena estava do lado de dentro do plenário. Ele chegou dizendo que "nós somos democratas. Nós vamos lutar para devolver ao povo o poder do povo".

Datena não falou com a imprensa ao deixar o plenário. Ele chegou a ir até o portão da Alesp para falar com os manifestantes e discutiu com eles. O grupo jogou água e objetos no candidato, que depois entrou no carro e foi embora.

Quem deu entrevista foi o José Aníbal. Além de criticar os manifestantes, falou que a escolha deles foi de consenso.

Sobre propostas para a cidade, comentou que segurança pública será um dos focos principais do plano de governo. Também vão sugerir planos e investimentos pra gerar emprego e renda nas regiões afastadas do centro da cidade, especialmente a Zona Leste. Além de planos para melhorar a mobilidade urbana, o transporte público e a educação nas escolas municipais.


Datena é lançado candidato à prefeitura de São Paulo em convenção do PSDB e do Cidadania — Foto: Giba Bergamim/TV Globo


Datena já havia desistido outras quatro vezes seguidas de concorrer a cargos eletivos:

2016 - Esteve filiado ao PP para disputar a prefeitura de São Paulo, mas desistiu após denúncias de corrupção contra o partido.

2018 - Foi pré-candidato pelo DEM (atual União Brasil) para concorrer a uma vaga ao senado federal, mas desistiu após ser aconselhado por colegas da Band.

2020 - Chegou a conversar com políticos sobre a possibilidade de concorrer à prefeitura de São Paulo pelo MDB ou ser vice na chapa com o então prefeito Bruno Covas, que buscava a reeleição e morreu em 2021. Datena desistiu porque teria ouvido um apelo da Band para continuar na TV.

2022 - Desistiu de concorrer a uma vaga no senado federal pelo PSC. À época, tinha o apoio do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Por Giba Bergamim, Marcel Lopes, TV Globo e g1 SP

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