Do total de médicos e médicas ativas em Pernambuco, 1.581 são brasileiros (95,52%) e 55,17% são mulheres (Foto: Alejandro Zambrana/MS)
Pernambuco registrou um aumento de 93,57% no número de profissionais em atividade no Programa Mais Médicos (PMM), do Governo Federal, nos últimos 18 meses. A informação foi divulgada nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Saúde. De acordo com o governo, o total saltou de 855 para 1.655.
Do total de médicos e médicas ativas em Pernambuco, 1.581 são brasileiros (95,52%) e 55,17% são mulheres. São 787 os profissionais com idade entre 30 e 39 anos. Há dez vagas do programa ocupadas por indígenas, enquanto 38,67% são pretos ou pardos e 53,72% são brancos.
Segundo o Ministério da Saúde, 1.634 profissionais integram equipes de Saúde da Família (eSF) e 1.637 estão em regiões de médio, alto ou muito alto Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS).
Recife, em comparação às demais capitais do país, registrou o maior crescimento no período. A cidade conta agora com 331 médicos, sendo que 309 novos profissionais chegaram entre janeiro de 2023 e junho de 2024. Em dezembro de 2022, eram 22. Atualmente, o número é 14 vezes maior.
Cenário nacional
O número de profissionais do Mais Médicos (PMM) em atividade aumentou em 93,83% desde janeiro de 2023, segundo o Governo Federal. Atualmente, 24.894 médicos e médicas atendem em todo o Brasil. São 12.051 profissionais a mais que o registrado em dezembro de 2022, quando 12.843 profissionais estavam na ativa.
No início de julho, o Ministério da Saúde anunciou um novo edital para a contratação de 3,1 mil profissionais. A seleção traz, de forma inédita, vagas no regime de cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.
"O Mais Médicos é uma realidade e faz a diferença. Quando assumimos o governo, havia ainda 12 mil médicos. Com esse edital, nós retomamos a meta dos 28 mil médicos. Pela primeira vez o edital é feito seguindo a política de cotas aprovada em lei que é prioridade do Governo Federal. Cumprimos, assim, a nossa visão de inclusão", afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
O Mais Médicos integra um conjunto de ações e iniciativas para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). É neste atendimento que 80% dos problemas de saúde são resolvidos.
O programa existe para enfrentar também desigualdades regionais. Leva médicos a regiões onde há escassez ou ausência de profissionais e investe na qualificação e formação, no intuito de resolver a questão emergencial do atendimento básico, mas também criando condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS.
Do total de médicos e médicas ativos, 22.965 são brasileiros (92,25%), 53,45% são mulheres; quase 12 mil profissionais têm entre 30 e 39 anos. Há 88 vagas do programa ocupadas por indígenas, enquanto 36,54% são pretos ou pardos e 53,98% são brancos.
Quanto ao tipo de equipe onde estão alocados os profissionais do Mais Médicos, 24.243 integram equipes de Saúde da Família (eSF) e 14.942 estão em regiões de médio, alto ou muito alto Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS).
Regiões
Quando considerados os números absolutos de médicos e médicas do programa, o Nordeste é a região com maior número de vagas ocupadas (8.362), seguido do Sudeste (7.435). Por estado, os três com maior número de profissionais são São Paulo (3.288), Minas Gerais (2.219) e Bahia (2.127).
Também são destaques os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Há distritos, como o Yanomami, em Boa Vista (RR), que em dezembro de 2022 contava com oito profissionais do Mais Médicos. Em junho de 2024 são 36 ativos (crescimento de 350%). No Mato Grosso do Sul, o DSEI saltou de oito (em dez/22) para 39 profissionais ativos em junho de 2024 (crescimento de 387,5%).
Diário de Pernambuco
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