sexta-feira, junho 21, 2024

Petrolândia/PE - Aviso do Blog de Assis Ramalho e Web Rádio Petrolândia: Fogos de artifícios podem causar reações em animais domésticos e silvestres e ocasionar até a morte

Assis ramalho e sua turminha de felinos. ''Os bichinhos possuem sensibilidade auditiva como mecanismo de defesa e os estampidos típicos do período de São João são sinônimos de alerta'' - Foto: Lúcia Xavier Ramalho

Com a proximidade dos festejos juninos, muitas pessoas acabam comprando os famosos fogos de artifícios, mas apesar de ser bonito, por proporcionar, no céu, diversos brilhos e cores variadas, e no chão, divertimento para todos os públicos, os fogos, em contrapartida, causam incômodo e perturbação para muitos, como para diversas espécies de animais. Muitas delas possuem sensibilidade auditiva como forma de defesa exatamente porque ruídos inesperados e altos são sinônimos de alerta. Alguns animais domésticos como cão e gato são mais perceptíveis às reações devido a convivência direta com os humanos, mas a sensibilidade aos ruídos de alta frequência afeta muito também os animais silvestres, provocando danos bem maiores.

Assis ramalho e sua turminha de felinos no estúdio do Blog de Assis Ramalho e da Web Rádio Petrolândia - Foto: Lúcia Xavie Ramalhor/BlogAR

Os fogos podem gerar consequências por conta dos ruídos e a duração dos estampidos, podendo inclusive levar a óbito alguns animais de forma direta ou indiretamente, devido às reações fisiológicas e psicológicas. Tais reações podem aparecer imediatamente após os ruídos ou posteriormente, dependendo das características fisiológicas e comportamentais dos animais.

“Em momentos de barulho excessivo e repentino, como os fogos de artifício, os animais têm uma diminuição do bem-estar e ficam mais agressivos ou retraídos. Alguns podem até sofrer convulsões. No desespero, outra reação é a fuga. Os donos devem ficar atentos ao ato de pular de janelas altas, grande perigo que pode resultar em machucados ou até mesmo chegar ao óbito dos animais. Com o passar do tempo, os animais mais suscetíveis ainda sofrem com baixas na imunidade, doenças cardíacas e até problemas no metabolismo”, explica a coordenadora e professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Vanessa Lima.

Os animais expostos aos fogos de artifícios ruidosos podem apresentar aumento da frequência cardíaca, dilatação da pupila, tremores, salivação excessiva, respiração ofegante, diarreia temporária, urinar ou defecar involuntariamente. Também pode haver alterações no metabolismo da glicose, dos níveis de adrenalina, noradrenalina e cortisol.

Para curtir as festas juninas de forma mais segura, a especialista dá dicas. “Apesar de ser difícil nessa época, o ideal é que a festividade seja em um local tranquilo quando se refere a barulho de fogos. Quem for deixar o pet em casa, o conselho é não deixar sozinho, e sim com alguém que o animal já tenha um certo convívio e confiança. Outra dica é colocar camisetas neles ou casaquinhos, ou até mesmo um pedaço de tecido com amarração, porque é comprovado cientificamente que isso gera uma sensação de bem-estar, proteção e tranquilidade para os animais”, explica Vanessa.

Mas não só nos animais não racionais esses danos são observados. A poluição sonora é reconhecida como prejudicial a todos os humanos. No caso dos fogos, há várias pessoas com hipersensibilidade auditiva. As pessoas com autismo, os recém-nascidos, os idosos, os enfermos acamados precisam de silêncio e repouso, e os fogos interrompem este estado de forma abrupta. Como alternativa benéfica, não é necessário acabar com o brilho das festas provocado pelo uso de fogos de artifício, mas pode optar por tecnologias silenciosas como luzes, projeções artísticas, jogo de drone.

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Em entrevista à Assis Ramalho, rotetoras de gatos em situação de abandono falam sobre o voluntariado e pedem doações de rações e alimentos para manter ação - Fotos e vídeos: Assis Ramalho e Lúcia Xavier Ramalho




Dalía e Eleni Freire, moradoras de Petrolândia, no sertão de Pernambuco, têm uma missão e uma preocupação em comum. Diariamente, no final da tarde, elas se dirigem a pontos da cidade onde se reúnem dezenas de gatos em situação de abandono. Elas são protetoras independentes e trabalham em voluntariado, mesmo assim, costumam ser alvo de críticas por cuidarem de animais que estão constantemente expostos aos maus-tratos. Apesar disso, ambas se desdobram para continuar a missão que abraçaram. 

À reportagem do Blog de Assis Ramalho e Web Rádio Petrolândia as duas protetoras revelaram que, neste momento, como em quase todos os dias do ano, há preocupação com a escassez de ração e alimentos para atender todos os animais que se reúnem nos dois locais da cidade que elas visitam. Segundo Eleni, a estimativa é de serem alimentados cerca de 100 gatos todos os dias, aproximadamente 50 em cada lugar. 

A primeira parada do dia é na Avenida Lídia Aragão, próximo da estrada para a Serrota, por trás do Clube Grêmio Lítero. Nesse local, apesar de ser proibido, as calçadas do clube recebem entulhos e lixo, atraindo os animais em busca de comida ou ali jogados, vivos ou mortos, por quem deseja se livrar deles. Do outro lado da rua, foi instalada uma estrutura para cuidar da colônia de gatos que se formou na área. Ali conversamos com Dalía.

O segundo ponto de alimentação é no Mirante da Serrota, ponto turístico da cidade, usado também como local de abandono - e maus-tratos - de gatos. De acordo com Eleni, com quem conversamos enquanto ela alimentava os animais, existem ameaças de envenenamento dos gatos.

Eleni  afirmou que conseguiu fazer uma parceria com a Secretaria de Educação para recolher restos de alimentos em algumas escolas, mas, com o recesso escolar de final de ano, a situação vai ficar ainda mais precária. Elas apelam para a população ajudar a manter essa ação pelo bem-estar animal.

Dalía e Eleni levam não somente alimentos aos animais, mas também o contato humano de carinho e atenção, atitude essencial para manter os felinos sob domesticação, com fácil aproximação para a aplicação de remédios, por exemplo. 

Quem puder contribuir com alimentos ou ração, por favor, entre em contato pelo número 87 99959-1833 (Eleni). 

Confira abaixo os vídeos com as protetoras em ação. 

Dalía


Eleni Freire


Mais fotos:


Eleni na Avenida Lídia Aragão (Fotos e vídeo acima: Assis Ramalho)


Eleni no Mirante da Serrota (Fotos e vídeo acima: Lúcia Xavier Ramalho)


Redação do Blog de Assis Ramalho

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