quinta-feira, abril 25, 2024

Entenda esquema que envolveu 3 servidores do TJPE presos por corrupção; mais de R$ 6 milhões foram desviados

As informações sobre a operação foram repassadas pela Polícia Civil, nesta quinta (25), em coletiva à imprensa (Foto: Wilson Maranhão/DP )

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) explicou, nesta quinta (25), como funcionava o esquema de corrupção e desvio de dinheiro envolvendo servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Três funcionários do Judiciário e outras três pessoas foram presos na Operação Themis, deflagrada pela corporação, em Pernambuco e na Paraíba.

Eles foram autuados por peculato, comunicação falsa de crime, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O esquema consistia em desvio de recursos de indenizações cíveis depositados em juízo. Os envolvidos usavam até dispositivos eletrônicos de segurança de uma juíza apontada para emitir alvarás no nome dos envolvidos.

Em coletiva de imprensa realizada na sede da Polícia Civil, no Recife, foi divulgado que cerca de R$ 6,4 milhões foram desviados com as ações da quadrilha, desde 2019. Desse total, a polícia identificou R$ 5,3 milhões em transações.

Operação

De acordo com os policiais, sete mandados de prisão foram emitidos, sendo seis cumpridos. Um dos suspeitos ainda está foragido. No total, três dos envolvidos eram servidores, e outros três eram beneficiados.

O líder do sistema de desvios, era analista do TJPE, foi preso nesta manhã (25) em Gravatá, no Agreste pernambucano.

Segundo o Tribunal, ele foi demitido. Os outros envolvidos eram técnicos do TJPE. A mulher presa é ex-mulher do líder do esquema, e foi flagrada com objetos de luxo. A prisão dela aconteceu em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Entre eles, estão relógios, bolsas e joias.
 
Joias também foram apreendidas com ex-mulher do líder do esquema. (Foto: Polícia Civil)

Como funcionava o esquema


O crime consistia em desvio de quantias de processos cíveis. O dinheiro das indenizações eram depositados na conta do juízo, então o líder do esquema emitia alvarás e desviava o dinheiro para outros integrantes do esquema. Parte desse dinheiro voltava para o líder, e os valores ainda eram

Segundo a polícia, ela afirmou em depoimento que não faz parte do no esquema.


Ainda segundo a corporação, o líder gastou R$ 12 milhões na compra de veículos de luxo.

Um ex-servidor do TJPE, que agora está no Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi alvo de busca e apreensão.

Por: Wilson Maranhão  - Diário de Pernambuco

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