quarta-feira, fevereiro 07, 2024

Lula lança novos campus de Instituto Federal e inaugura escola no Rio de Janeiro

 

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante anúncio da construção do campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro no Parque Olímpico07.02.2024 - Divulgação/Palácio do Planalto

Anúncios nas áreas de educação e esporte fizeram parte do segundo dia da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado do Rio de Janeiro. Na capital fluminense, Lula participou, na manhã desta quarta-feira (7/2), da inauguração do Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado e lançou a pedra fundamental do Campus Parque Olímpico/Cidade de Deus do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).

Na cerimônia, realizada na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, foi assinado o termo de cessão do terreno pela Prefeitura do Rio de Janeiro para a implantação da unidade educacional. O novo campus do IFRJ vai garantir o acesso das comunidades ao ensino técnico e profissional para 1.400 estudantes, além de integrar a ação de continuidade da política de expansão dos institutos federais no país. Serão repassados R$ 15 milhões para a construção do campus, cuja obra está prevista para entrega em 2025.

A unidade do IFRJ atuará no eixo Ambiente e Saúde (ofertando cursos na área de enfermagem, farmácia e análises clínicas) e no eixo Controle e Processos Industriais (ofertando cursos na área de automação industrial, mecânica e sistemas de energia).


O presidente Lula ressaltou que até pouco tempo, havia uma contradição histórica no ensino brasileiro. Isso porque as pessoas mais ricas estudavam até o ensino médio em escolas particulares e, depois, ingressavam nas universidades públicas. Já os mais humildes faziam todo o ciclo da educação em escolas públicas e, se quisessem cursar ensino superior, precisavam pagar numa instituição privada. “Durante muito tempo nesse país, a educação nunca foi levada a sério para o povo mais humilde e necessitado”, afirmou. Segundo ele, não existe nenhum país desenvolvido no mundo que não tenha investido em educação. “O que nós estamos fazendo é tentando dar ao Brasil, no Século XXI, uma oportunidade que não deram em nenhum século”, ressaltou.

“Quando eu cheguei na presidência, em 2003, este país tinha 140 Institutos Federais. O primeiro foi feito em 1909 pelo presidente Nilo Peçanha, na cidade de Campos. Em um século eles fizeram 140, a Dilma e eu, em 16 anos, fizemos 682, e vamos fazer mais 100”, pontuou.

O Governo Federal também vai repassar, por meio do Ministério da Educação (MEC), outros R$ 15 milhões para a construção do campus do IFRJ no Complexo do Alemão. O recurso para as duas obras está previsto no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), pelo qual ainda serão construídas cem novas unidades dos institutos federais, totalizando R$ 3,9 bilhões em repasses federais.

O ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou os investimentos do Governo Federal na área de educação, como os programas Escola em Tempo Integral e Pé de Meia, que vai repassar recursos para estudantes do ensino médio de baixa renda permanecerem e concluírem os estudos. “Nós temos a compreensão de que nenhum país se desenvolve e cresce com justiça social sem investir em educação”.

Hoje, o IFRJ possui 15 campi no estado do Rio de Janeiro e atende mais de 18 mil estudantes. As duas novas unidades permitirão a ampliação para quase 21 mil alunos, pois cada unidade tem potencial de atendimento de 1.400, com estrutura de 70 professores e 45 técnicos administrativos em cada um.

Até 2002, o Brasil tinha 140 escolas técnicas, em 119 municípios. Nos governos Lula e Dilma, houve a maior expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica da história: foram criados 422 campi entre os anos de 2005 e 2016, sendo 214 entre 2005 e 2010, e 208 entre 2011 e 2016. Hoje, são 682 unidades e mais de 1,5 milhão de matrículas.

Ginásio Educacional Olímpico

Na mesma cerimônia foi realizada a inauguração do Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado, um equipamento público formado por 24 salas de aulas, recepção, uma unidade de alimentação e nutrição, uma sala multiuso e outra para apoio pedagógico, área de circulação, sanitários para funcionários e alunos, além de instalações esportivas com duas quadras e locais para a prática de judô, lutas, tênis de mesa e ginástica. A escola funcionará em tempo integral e beneficiará cerca de mil alunos.

A Prefeitura do Rio trabalhou na transformação da Arena Carioca 3, no Parque Olímpico, como parte das ações previstas no Plano de Legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Com a conclusão da obra, decidiu homenagear Maria Isabel Salgado, um dos maiores nomes do vôlei brasileiro. Talentosa desde muito jovem, Isabel integrou a equipe principal do Flamengo com apenas 16 anos. Ela defendeu o Brasil nas Olimpíadas de 1980, em Moscou, e 1984, em Los Angeles. Isabel morreu em novembro de 2022 aos 62 anos, devido a uma pneumonia, gerada por infecção bacteriana.

A filha de Isabel, Maria Clara, fez um discurso emocionado sobre o legado da mãe no esporte e na defesa da transformação social para crianças humildes. “Ela defendia a força do esporte como instrumento de transformação social. Tudo o que ela queria era ver um programa de esporte voltado para a educação, para a construção da cidadania e para a possibilidade de um futuro com maiores oportunidades para essas crianças”, afirmou.

O ministro Camila Santana ressaltou que há um simbolismo muito forte entre educação e esporte e que os países que mais se destacam em competições desenvolvem o esporte na escola. Por isso, ele saudou a iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro de transformar a arena dos Jogos Olímpicos em escola em tempo integral. “É uma escola que integra porque o tempo integral não é só aumento da carga horária das disciplinas, é construir um projeto de vida para o aluno. E o projeto de vida vem com esporte, com cultura, vem com olhar do futuro desses jovens”, ressaltou.

O ministro também anunciou a reforma de todos os restaurantes dos campis do Colégio Dom Pedro II, que integra a rede federal de educação.

Por: Agência Gov, com informações do Planalto
Texto: Nei Pereira

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