Lula e Bolsonaro - Ricardo Stuckert/Divulgação | Clauber Cleber Caetano/PR
Protagonistas da polarização política que domina o cenário nacional, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vão ter um destino previsto em comum nos próximos dias: Pernambuco. Enquanto o chefe do Executivo petista deverá cumprir uma agenda administrativa, o liberal virá ao Estado reforçar o projeto eleitoral da sua sigla em municípios estratégicos. A agenda de Lula ainda não está fechada, mas a previsão é que ele visite o Estado ainda neste mês.
Há uma previsão de anúncios de novos investimentos para Pernambuco vinculados ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na ocasião, é esperado o anúncios de investimentos na Refinaria Abreu e Lima, Porto de Suape e Aeroporto de Caruaru. Os compromissos, contudo, ainda estão sendo definidos.
Já a vinda de Jair Bolsonaro deve ficar para depois do Carnaval, na segunda quinzena de fevereiro. No estado, além de Caruaru, no Agreste, onde o deputado federal Fernando Rodolfo já está em pré-campanha na disputa da prefeitura. O ex-presidente também deverá ter agendas na Região Metropolitana, onde o PL possui candidaturas estratégicas como a reeleição de Mano Medeiros em Jaboatão dos Guararapes, a pré-candidatura de Izabel Urquiza em Olinda e de Gilson Machado no Recife. Este último um dos seus mais próximos aliados.
Os detalhes da visita ainda estão sendo definidos, mas aliados esperam que o ex-presidente cumpra agenda, pelo o menos, nessas quatro cidades.
Giro em mais de 14 cidades
Ao longo do primeiro semestre, é aguardado que Bolsonaro priorize as quatorze cidades brasileiras em que deputados da bancada federal do PL foram lançados como pré-candidatos para a disputa do Executivo municipal.
O levantamento foi feito pelo jornal Folha de São Paulo. São citadas as candidaturas dos parlamentares federais: Sargento Gonçalves (Natal, no Rio Grande do Norte), Fernando Rodolfo (Caruaru, em Pernambuco), Capitão Augusto (Bauru, em São Paulo), Rosana Valle (Santos, em São Paulo), Delegado Ramagem (Rio de Janeiro), André Fernandes (Fortaleza, no Ceará), Gustavo Gayer (Goiânia, em Goiás), Marcos Pollon (Campo Grande, Mato Grosso do Sul), Abílio Brunini (Cuiabá, Mato Grosso), Rosângela Reis (Ipatinga, Minas Gerais), Carlos Jordy (Niterói, no Rio de Janeiro), Capitão Alden (Feira de Santana, na Bahia), Delegado Éder Mauro (Belém, no Pará) e Junio Amaral (Contagem, em Minas Gerais).
Cabo eleitoral
De acordo com correligionários, o PL priorizará estes municípios com a participação do ex-presidente em "atos de força". O objetivo do partido é que Bolsonaro seja um cabo-eleitoral de peso para as eleições municipais deste ano. Com isso, a legenda conseguirá ter um palanque mais forte para o pleito de 2026. Apesar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter decidido pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, a leitura no partido é que ele segue como um cabo-eleitoral de peso e que poderá fazer a diferença para o partido nas eleições deste ano da mesma forma que nas eleições gerais de 2022. Na ocasião, mesmo não vencendo a eleição presidencial, o PL formou a maior bancada na Cãmara Federal e no Senado, além de dois governadores.
Por Felipe Fernandes com redação do Folha de Pernamuco
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