O Ibovespa fechou em alta de 0,59%, aos 131.850 pontos, nesta terça-feira (19/12). Com o resultado, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) quebrou pela terceira vez em menos de uma semana seu recorde histórico de pontuação. Desta vez, o indicador foi impulsionado pela melhora da classificação da nota de crédito do país, feita pela agência Standard & Poors (S&P).
A forte escalada do Ibovespa começou na segunda-feira (18/12), quando ele chegou a 131.084 pontos. Na semana anterior, na quinta-feira (14/12), o índice já havia alcançado 130.842, o maior patamar registrado desde 7 junho de 2021, quando atingiu 130.776.
A sequência de recordes do Ibovespa começou a ser estabelecida com a perspectiva de redução dos juros nos Estados Unidos, depois da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira (13/12). A queda da taxa dos EUA favorece o investimento em ativos de maior risco, como as ações em Bolsa.
Na segunda (18/12), o índice recebeu novo impulso, com a aprovação da reforma tributária por parte do Congresso. Hoje, por fim, a S&P elevou a classificação de risco da dívida de longo prazo do Brasil. A nota de crédito sinaliza aos investidores a capacidade de um país honrar compromissos financeiros. A cotação brasileira passou de BB- para BB e está dois níveis abaixo do grau de investimento.
O pregão também foi favorecido pela alta das ações da Vale e da Petrobras, que têm grande peso no Ibovespa. A mineradora avançou 0,89% e a petrolífera, 0,95%. A Braskem registrou a maior alta do dia, com quase 7,15%. A elevação ocorreu depois que o governo afirmou que poderia aumentar a participação da Petrobras na empresa, para facilitar a venda da petroquímica a investidores estrangeiros. As maiores quedas do Ibovespa foram registradas pela Embraer, com redução de 2,74%, Gerdau, com 2,68%, e Petz, com 2,07%.
Dólar
O dólar fechou em baixa de 0,81%, negociado a R$ 4,864, depois de atingir a mínima de R$ 4,852. Com o resultado, a moeda americana acumula quedas de 1,46% na semana, 1,03% no mês e 7,83% no ano
Carlos Rydlewski/Metrópoles
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