Três pessoas foram presas, nesta quarta-feira (29), suspeitas de participação da morte de uma mulher em uma clínica de estética na cidade de Assunção, no Cariri da Paraíba, no dia 23 de outubro. De acordo com informações da Polícia Civil, outros três suspeitos de envolvimento na dinâmica da morte de Jaidete Oliveira Correia estão sendo investigados, entre eles o possível atirador, que está foragido, e a possível mandante, que é ex-esposa do marido da vítima. A morte, segundo a investigação, foi motivada por ciúmes.
A polícia deu detalhes da investigação em uma entrevista coletiva, em Campina Grande Segundo o delegado Paulo Ênio, um dos responsáveis pelo caso, já existe confirmação da atuação das três pessoas presas no crime. Os suspeitos não tiveram os nomes revelados.
As investigações apontam que uma mulher, que foi presa, marcou uma sessão de depilação na clínica da vítima para o dia que ocorreu o crime e que ela fez isso após receber cerca de R$ 500 de um homem, que também foi preso nesta quarta, sabendo da finalidade de seu encontro com Jaidete, que seria morta.
Este homem que pagou uma quantia em dinheiro para a mulher, que está entre os três presos, também ajudou na fuga dos dois homens que entraram na clínica de depilação para assassinar Jaidete. Segundo a polícia, ele dirigia um carro que deu suporte aos dois que chegaram de moto no local do crime, e os acolheu após queimarem a moto e abandoná-la.
Além disso, um dos suspeitos que estava dirigindo a moto no dia do crime também foi preso.
Polícia Civil forneceu mais detalhes sobre o caso da morte de mulher em clínica de estética em coletiva de imprensa — Foto: Ademar Trigueiro
Os outros três suspeitos investigados até o momento são a possível mandante do assassinato de Jaidete, que segundo a polícia seria a ex-mulher do atual marido da vítima; o atirador, que executou Jaidete, além de uma outra mulher, que teria dividido o dinheiro com a que foi presa nesta quarta e também emprestado um celular para que a outra suspeita marcasse a sessão de depilação.
De acordo com o delegado Paulo Ênio, a suspeita de ser a mandante teria arquitetado o crime por conta de ciúmes do marido da vítima, Fabiano Mota, com quem ela teve um relacionamento anterior. Ela foi ouvida pela polícia, após ser intimada, acompanhada de um advogado, e foi liberada para cumprir medidas cautelares.
Tanto o atirador, quanto a mulher que participou da marcação da sessão na clínica estão foragidos da polícia e seguem sendo investigados.
O crime
A vítima, Jaidete, estava na clínica de estética que era proprietária, localizada na casa de sua própria mãe, quando dois homens em uma motocicleta chegaram no estabelecimento da vítima, bateram na porta e perguntaram pela Jaidete.
Ao confirmar a identidade de Jaidete, os homens informaram que estavam no local devido a uma solicitação para um serviço de manutenção na rede de internet. Contudo, a vítima afirmou que não havia solicitado nenhum serviço daquela natureza e, logo em seguida, um dos homens sacou uma arma de fogo, empurrou Jaidete para próximo a um banheiro do estabelecimento e disparou contra a cabeça da vítima.
A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, a 100 km de distância do local onde aconteceu o crime, ela recebeu atendimento, passou por procedimento cirúrgico, mas não resistiu e morreu.
“Ela era uma pessoa bem vista na cidade, era assistente social, trabalhava no Fórum de Taperoá, e o que me consta é que todo mundo gostava muito dela”, disse, após o crime, o marido de Jaidete, Fabiano Mota.
Jaidete trabalhava no Fórum da cidade de Taperoá, cidade onde também residia, e no turno da tarde atendia numa clínica estética que ficava localizada na residência da mãe, em Assunção
Jaidete trabalhava como assistente social e, com sua morte, órgãos emitiram nota lamentando a morte dela, como a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde Jaidete fez graduação em Serviço Social e mestrado na área, e o Conselho Regional de Serviço Social da Paraíba (CRESS-PB) também lamentou a morte da assistente social.
Por G1 PB
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