O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, apontou o senador Magno Malta (PL-ES) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS) como membros de um grupo de conselheiros que incentivava o ex-presidente a dar um golpe de Estado após a vitória de Lula.
Ambos são muito de próximos de Bolsonaro. Lorenzoni chegou a ser o candidato apoiado por ele ao governo do Rio Grande do Sul, no ano passado, mas acabou derrotado.
O tenente-coronel relatou, em sua delação premiada, que também faziam parte deste grupo de entusiastas do golpe a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conforme revelou o repórter do “UOL” Aguirre Talento.
O argumento levado a Bolsonaro por esse grupo foi o de que o ex-presidente tinha apoio popular, inclusive, de uma parcela armada das pessoas, para levar adiante uma iniciativa que impediria a posse do presidente Lula.
Nesta semana, o coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República (PGR), o subprocurador-geral Carlos Frederico dos Santos, classificou a delação de Cid como “fraca”. O acordo já foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A avaliação da Polícia Federal, no entanto, é de que já há uma série de provas robustas envolvendo diretamente Bolsonaro em diferentes crimes, entre eles a arquitetura de um golpe de Estado. Além disso, a PF aponta que o subprocurador Carlos Frederico não tem conhecimento sobre as diligências que a corporação realizou no intuito de coletar provas para corroborar os relatos de Cid.
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