Codevasf promove curso de fabricação de cosméticos à base de produtos de abelha em Ibimirim, no sertão pernambucano

Foto: Codevasf

Combate a resfriados, aumento da imunidade, redução de infecções gastrointestinais e propriedades anti-inflamatórias. Esses são só alguns benefícios oriundos da matéria-prima produzida pelas abelhas. Um workshop promovido pela Codevasf no município de Ibimirim, sertão de Pernambuco, destacou, por sua vez, outro potencial de uso para produtos como mel, própolis e cera: a fabricação de cosméticos.

A formação, realizada em outubro por meio do Projeto Amanhã, ensinou os participantes a produzirem sabonete em barra e líquido, hidratante, creme para os pés, sérum facial, entre outros itens de cuidados com o corpo. Além dos produtos das abelhas, plantas nativas da Caatinga foram utilizados como insumos.

Bianca Marinho trabalha como tatuadora há três anos e enxergou no curso uma oportunidade de vender, aos clientes, produtos que auxiliem nos cuidados pós-tatuagem. “Meu irmão trabalha com venda de mel, e eu, com tatuagem. Meu intuito foi agregar novos produtos às vendas do meu irmão e desenvolver outros que auxiliem da cicatrização ou hidratação da tatuagem”, planeja.

Maria Cícera Silva, outra participante do curso, também pretende trabalhar na área. “Hoje, a procura por cosméticos feitos com produtos naturais, como babosa, mel e própolis, é grande. Pretendo dar continuidade e empreender na área aos poucos. Nunca imaginei aprender sobre como é feito um produto natural, com matérias-primas que temos aqui na região. Esse curso foi perfeito para mostrar isso”, ressalta.

Alguns participantes do curso já iniciaram os trabalhos nesse segmento. “Tenho duas alunas que participaram do curso e estão atuando na área. Elas estão vendendo bastante; chegam a comercializar 300 sabonetes por mês, entregando para todo o Brasil”, pontua Maria Sarmento, doutora em Química e professora do workshop.

Oportunidade

A ideia do curso de fabricação de cosméticos à base de produtos de abelha e plantas nativas surgiu no período da pandemia de Covid-19, quando a professora Maria Sarmento percebeu que os produtos feitos pelas abelhas poderiam ser transformados em fonte de renda para produtores locais. Ela identificou que parte do mel e a totalidade do própolis e da cera - insumos produzidos pela apicultura - eram descartados sem o aproveitamento do potencial de comercialização.

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