domingo, outubro 29, 2023

Saiba sobre a Academia Brasileira de Estudos do Sertão Nordestino - Por: Leonardo Ferraz Gominho, presidente da ABRAES


O brasao constitui-se de elementos típicos da estética sertaneja.

O centro do escudo é uma peça de couro de boi, que remete à colonização do Sertão, a civilização do couro, sua principal fonte de  economia. 

Ao centro, o sol, vermelho escaldante, símbolo maior do nosso Sertão, visto por uma estética da vestimenta do vaqueiro, assim como os demais ítens da composição do escudo. 

A sigla, ABRAES, feita no formato de ferro de gado, também remete à civilização do couro, bem como ao movimento armorial. A sigla também possui uma flecha, remetendo à nossa herança indigena e a resistência dessa cultura.

Na peça principal, há ainda a presença de 9 flores-de-lis, cada uma representando um estado do Nordeste, por onde passa o Sertão. Na Heraldica, a Flor-de-lis simboliza a honra e a lealdade.

O escudo é Coroado por um chapéu de vaqueiro, símbolo maior do povo sertanejo. Aqui, também somos vaqueiros, da história e da cultura sertaneja.

A asa-branca simboliza a  esperança do povo sertanejo frente ao dualismo seca-inverno, além da musicalidade.

O Cancão é o símbolo da inteligência, da sagacidade, além de representar a poesia popular.

O escudo é ladeado por dois galhos de Xique-xique, uma das poucas plantas que sobrevivem à seca extrema, mantendo-se sempre verde e armada de espinhos. Não há símbolo melhor para representar a RESISTÊNCIA do homem do sertão. Nossa academia também representa uma resistência, no sentido de preservação da cultura sertaneja.

Por fim, o lema, gravado numa tira de couro, SERTÃO DE BRAVOS, também remete à essa resistência e a capacidade de lidar com as adversidades que forjaram a ética e a constituição do homem do sertão.

Nota: Leonardo Ferraz Gominho, presidente da ABRAES

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