Foto: Sudene
Mais uma ação do Projeto “Construindo Feira de Santana 2030”, uma parceria da Sudene com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), foi realizada na última quinta-feira (14). A capacitação sobre formas inovadoras de financiamento para gestores de Feira de Santana (BA) foi conduzida por Fernando Fleury, do Consórcio Concremat/Tese, que destacou a importância da sinergia entre múltiplos agentes para viabilizar fontes inovadoras de financiamento, possibilitando que seja alavancado um volume maior de recursos, ampliado o espectro de ação dos projetos.
Segundo ele, os programas devem focar no desenvolvimento sustentável e o primeiro passo para priorizar projetos de alto impacto econômico e ambiental deve ser dado pelo poder público. Essa seria a base para o que ele denomina “financiamentos ambientalmente corretos”. Entre os desafios a serem vencidos, segundo Fleury, estão os relacionados com o fato de que a participação privada se faz mediante retorno sobre capital. Os agentes financiadores necessitam de garantias e os projetos de forte impacto social podem não produzir as condicionantes financeiras necessárias para os atores se envolvam no programa de financiamento.
Para Feira de Santana, o foco da estruturação de financiamento está nos projetos clássicos de infraestrutura (aeroporto e centro logístico), promoção à inovação (ecossistema de inovação de Feira), promoção à educação (gestão da inovação no sistema educacional) e projetos compostos, como a nova Central de Abastecimento. Para a gestão da inovação no sistema educacional, por exemplo, as possibilidades de financiamento apontadas foram BNDES (iniciativa Educação Conectada), Fundações (Estudar, Lehman, Itaú, Cultural, GE etc), agentes multilaterais ((PNUD, BID, Banco Mundial) e agentes financeiros tradicionais.
De acordo com o coordenador-geral de Cooperação e Articulação de Políticas da Sudene, Danilo Campelo, “a iniciativa desse projeto, com sua ênfase na elaboração de uma carteira de projetos estruturadores, na capacitação de servidores e gestores, e na promoção de um ambiente favorável à recuperação econômica até 2035, demonstra um compromisso vigoroso com os objetivos do PRDNE. Ela não só fortalecerá a economia e a infraestrutura do município, mas também servirá como um exemplo bem-sucedido para outras localidades, catalisando um impacto positivo em toda a região Nordeste”. Campelo explicou que a aposta estratégica do PRDNE busca o fortalecimento da rede de cidades intermediárias como âncora para os sistemas inovativos e produtivos locais da sua área de influência, alinhando-se com o projeto realizado em Feira de Santana.
O Projeto “Construindo Feira de Santana 2030” prevê a construção de uma carteira de projetos estruturadores para o município, alinhados com os desafios do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e que contribua para a implementação da Agenda 2030. A criação de um portfólio de projetos para Feira de Santana está alinhada também com a estratégia do G52 (projeto criado pela Sudene), iniciativa que promove a interiorização das ações do PRDNE. Este conjunto de municípios, do qual Feira de Santana faz parte, foi mapeado pela Sudene para, a partir da influência exercidas por estes polos, descentralizar propostas de estímulo à economia, acesso ao crédito e desenvolvimento social, promovendo a interiorização de ações e projetos considerados prioritários. O Projeto “Construindo Feira de Santana 2030” contou com um aporte financeiro da Sudene no valor de R$ 1,6 milhão. As atividades são conduzidas pelo consórcio Concremat-Tese.
Sudene
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