Gayer apagou o vídeo com informações falsas sobre as doações para a população do Rio Grande do sul (foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apagou um vídeo compartilhado nas suas redes sociais que trazia informações falsas apresentadas pela médica veterinária Samara Baum, que havia dito que as doações para a população atingida pelas enchentes no Rio Grande do Sul só seriam entregues na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O deputado apagou a publicação após a Polícia Federal (PF) e Advocacia-Geral da União (AGU) serem acionadas para investigar a disseminação das informações falsas.
"Recebemos a informação de que não vai ser liberado alimentos (sic) para serem feitos a doação porque eles têm que aguardar o presidente Lula chegar aqui em Lajeado para fazer foto e vídeo e publicação em cima das doações. É o quê que é a política, né?", diz a médica veterinária no vídeo.
"As doações não estão sendo liberadas para serem distribuídas para a população, para os animais, e para as pessoas que estão precisando, porque tem que aguardar o presidente Lula chegar na região", afirma.
"Lula proíbe que doações para as famílias atingidas no RS sejam entregues até que ele possa chegar para tirar fotos. Isso é um absurdo!", escreveu Gayer ao compartilhar o vídeo.
Com a repercussão do vídeo, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, informou, através das redes sociais, que acionou a PF e AGU para investigar as pessoas envolvidas na divulgação do conteúdo.
"De forma criminosa foi produzido um vídeo fake onde uma pessoa supostamente teria tentado entregar donativos no suposto centro de distribuição de Lajeado, teria sido impedida sob alegação de que estavam esperando a chegada do presidente Lula para que fossem feitas fotos e só depois esses donativos pudessem ser distribuídos. Isso é crime! Isso é uma conduta de pessoas sem escrúpulos que se aproveitam de uma tragédia para tentar construir uma narrativa criminosa, falsa, típica dessa conduta que o Brasil não suporta mais. Nós já tomamos previdência. Já acionei a Polícia Federal, a AGU, já identificamos a criminosa, outras pessoas que estão multiplicando e reproduzindo esse vídeo. Todos serão identificados", disse o ministro.
Gayer apagou a publicação após a fala do ministro e postou uma nova versão apresentada pela médica veterinária. No vídeo, Samara diz que o conteúdo "vazou" de um grupo pessoal e afirma que se equivocou ao trazer informações incorretas sobre o presidente Lula, mas mantém a narrativa de que não recebeu as doações.
"Estava possuída porque eu tinha acabado de sair do centro de Lajeado, e sim, nós não recebemos doação lá. Disseram que não teria. Me expressei errado pela raiva. Eu falei, sim, do presidente Lula. Seria o presidente Alckmin que está em exercício. Disseram que o presidente não viria. Me equivoquei no momento", disse.
Con informações do Estado de Minas
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