O corpo da jovem de 19 anos Ana Luiza Pantaleão, natural de Pão de Açúcar, interior de Alagoas, que estava desaparecida há cerca de 15 dias, foi encontrado às margens de uma rodovia em Pirapora do Bom Jesus (SP). Um homem confessou o crime e levou a polícia paulista até o local nesta terça-feira (19).
Ana era mulher trans e morava em São Paulo há um ano e meio. No dia 4 de setembro a família foi informada sobre seu desaparecimento. Segundo parentes, ela teria levado um golpe de arma branca no pescoço, mas eles aguardam a confirmação da causa da morte.
A avó e uma prima viajaram até a cidade onde ela morava para acompanhar as investigações. O g1 conversou com elas enquanto esperavam a liberação do corpo para fazer o traslado para Alagoas.
"Quando a gente chegou aqui tinha três dias que a Ana Luiza estava desaparecida. Foi quando nós ficamos sabendo e viemos para cá. Durante todos esses dias nós acompanhamos as investigações de perto. Todos os dias nós estávamos lá na delegacia. A gente tinha uma grande esperança que encontrasse ela com vida", disse Cláudia Santos, avó de Ana.
Na sexta-feira (15) um homem foi preso e confessou o crime, segundo a família. "O suspeito foi pego e e estava preso. Mas ele não estava colaborando com nada ele não tinha falado nada. Só ontem que ele confessou e indicou o local onde o corpo estava", relatou Cláudia.
O prefeito de Pão de Açúcar, Jorge Dantas, emitiu uma nota lamentando a morte da jovem e colocou uma equipe da Secretaria de Assistência Social à disposição da família para ajudar a trazer o corpo (leia nota na íntegra ao final do texto).
A família disse que Ana deixou a cidade alagoana em busca de uma realização pessoal.
"A mudança dela, a transformação dela, para ela e para família, foi uma conquista porque foi o que ela sempre quis. Ela sempre foi amada, sempre teve boa educação, sempre teve uma casa, sempre a família do lado, sempre teve tudo", contou a avó.
Nota do prefeito Jorge Dantas
Foi com profunda indignação e tristeza que recebi a notícia da morte da jovem Ana Luiza, vítima do ódio e preconceito. É um momento de luto para nossa cidade, e palavras não podem expressar a dor que sentimos diante de tamanha violência.
Ana Luiza era uma jovem, cuja vida foi interrompida de forma cruel e injusta. É imperativo que avancemos com medidas concretas para combater o ódio e o preconceito em nossa sociedade.
Desde já, determinei que a equipe da Secretaria de Assistência Social se coloque à disposição da família para o suporte nesse momento de luto e de dor.
Neste dia triste, nossa cidade se une em solidariedade à sua família e amigos, compartilhando seu pesar e clamando por justiça!
Por g1 AL
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