quarta-feira, setembro 13, 2023

Brasil vence o Peru com gol de Marquinhos no fim e lidera as eliminatórias

Marquinhos foi o autor do gol da vitória da Seleção em Lima (Foto: ERNESTO BENAVIDES / AFP)

O segundo jogo da era Diniz nem de perto teve a facilidade da goleada sobre a Bolívia, mas terminou com resultado positivo que deixou a Seleção na liderança das eliminatórias sul-americanas. Nesta terça-feira, jogando em Lima, o Brasil venceu o Peru por 1 a 0, com gol de Marquinhos aos 44 minutos do segundo tempo - de cabeça, após escanteio cobrado por Neymar -, e manteve 100% de aproveitamento.
Panorama

O Brasil chega a seis pontos em dois jogos, mesmo número da Argentina, mas leva a vantagem no saldo de gols e fica com a primeira posição. O Peru tem um ponto e divide o sexto lugar com o Paraguai. Veja a tabela das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026!
O jogo

O Brasil teve mais posse de bola (61%) e finalizou mais vezes (9 a 5), mas em muitos momentos teve dificuldades para levar perigo. O goleiro Gallese fez uma boa defesa em cada tempo, em chutes de Neymar e Raphinha. Por outro lado, Ederson pouco teve trabalho nos 90 minutos. No decorrer da partida, Vanderson, Joelinton, Raphael Veiga, Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus entraram na equipe comandada por Fernando Diniz.

Dois gols anulados

O Brasil balançou a rede duas vezes no primeiro tempo, mas os lances foram invalidados por posições de impedimento. Primeiro, Neymar estava adiantado antes de cruzar em lance que terminou em gol de Raphinha. Depois, Richarlison completou cruzamento de Bruno Guimarães em posição irregular. O segundo lance precisou da intervenção do VAR, que levou quase sete minutos para tomar sua decisão.

Atuações do Brasil

Seleção teve poucos destaques individuais em noite decidida por Marquinhos.

Próximos compromissos

A segunda leva de jogos das eliminatórias está marcada para outubro. O Brasil vai enfrentar Venezuela, no dia 12 na Arena Pantanal, e Uruguai, no dia 17 em Montevidéu. O Peru encara Chile e Argentina na mesma data Fifa.

O jogo

Muitas e longas paralisações para o VAR e atendimentos médicos, número alto de faltas, ligações diretas aos montes dos peruanos, demora para repor a bola em jogo e marcação forte. O combo descrito impediu o volume ofensivo esperado para a seleção brasileira na 1ª etapa, mas não evitou a superioridade do time de Fernando Diniz.

Encarando um adversário de mais capacidade técnica e tática emm relação a Bolívia, fisicamente mais forte também, o Brasil acabou tendo dificuldades naturais de superar as pressões em bloco médio feitas pelos anfitriões, mas começou a encaixar trocas de passe no campo rival ao acumular jogadores em um dos lados do campo, sempre atrás da primeira linha de pressão peruana.

O movimento visto toda semana no Fluminense e pouco adotado na estreia contra a Bolívia, foi mais frequente contra o Peru. Raphinha e Rodrygo deixaram mais vezes seus lados iniciais e transitaram para o outro flanco. Neymar e Bruno Guimarãs procuravam o setor da bola. Casemiro idem. E as opções perto da área rival começaram a aparecer.

Somados a isso, os movimentos em diagonal por trás de quem dava o combate ao homem da bola, gerando linhas de passe paralelas, sempre na direção do gol, fizeram o time progredir a partir dos 25 minutos. Raphinha e Richarlison marcaram gols bem anulados em impedimento. Neymar obrigou Gallese a fazer grande defesa. Faltou pouco para o placar se movimentar antes do intervalo.



Neymar Peru x Brasil — Foto: Paolo Aguilar

A estratégia de ataque peruana era lançar bolas para Carrillo ou Guerrero ganharem pelo alto e acionaram alguém entrando em profundidade num segundo momento. Ou fazer com que um dos pontas atacasse as costas da defesa brasileira aproveitando os passes longos. A última linha da seleção se comportou bem.

A volta do Brasil para o 2º tempo não foi boa. Em um ritmo mais lento que o da 1ª etapa, multiplicando erros técnicos e tentativas equivocadas de verticalizar o jogo, a seleção perdeu presença no campo ofensivo. Tanto que a seleção peruana passou a rondar a área brasileira e teve uma sequência de bolas paradas aéreas perigosas.

Fernando Diniz colocou Gabriel Jesus no lugar de Richarlison aos 18 minutos. A falta de ritmo de jogo de Neymar começou a pesar e até ele somou mais erros que o normal. Novamente na segunda metade da etapa, o jogo de aproximação e superioridade no setor da bola começou a entrar, e o Brasil voltou a chegar perto de marcar com Raphinha, um dos mais regulares em campo.


Fernando Diniz técnico Peru x Brasil — Foto: Paolo Aguilar/EFE

A entrada de Gabriel Martinelli nos últimos minutos foi determinante para a vitória. Gerou capacidade de desequilíbrio pela esquerda num momento de debilidade física da equipe. Em duas jogadas criou lances de perigo, e conseguiu o escanteio cobrado por Neymar e finalizado por Marquinhos.

O atacante do Arsenal é certamente uma das figuras que precisa ganhar mais minutos no ciclo que se inicia agora, e que trará desafios mais complicados que o enfrentado em Lima. As conclusões tiradas em cada jogo vão indicar o caminho a Fernando Diniz e sua comissão técnica nos próximos meses, e tudo precisa ser acompanhado com normalidade, apesar da empolgação inicial.

Peru 0 x 1 Brasil

Peru: Gallese; Corzo, Abram, Tapia e Trauco; López, Yotún e Cartagena (Castillo); Polo (Grimaldo), Carrillo (Ruidiaz) e Guerrero. Técnico: Juan Reynoso.

Brasil: Ederson; Danilo (Vanderson), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; Casemiro e Bruno Guimarães (Joelinton); Raphinha (Gabriel Martinelli), Neymar (Raphael Veiga), Richarlison (Gabriel Jesus) e Rodrygo. Técnico: Fernando Diniz.

Gol: Marquinhos (44min2ºT) para o Brasil

Cartões amarelos: Cartagena, Tapia, López (Peru); Raphinha, Bruno Guimarães (Brasil).

Por GE

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