A série de evidências e provas obtidas no caso das joias faz com que a Polícia Federal descarte qualquer interesse em um acordo de delação premiada com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o coronel Mauro Cid.
Recentemente, em entrevista a um canal bolsonarista, o ex-presidente disse que a prisão de Cid teria o objetivo de forçar uma delação premiada. Para integrantes da alta cúpula da PF, porém, não há motivos para firmar um acordo com o militar.
A avaliação dos investigadores é que já que existem provas robustas sobre a atuação criminosa de Cid, de seu pai, o general Mauro Lourena Cid, do advogado Frederick Wassef e de outros aliados de Bolsonaro no escândalo das joia. Para a PF, também já estão configurados crimes de Bolsonaro e de sua esposa, Michelle, como peculato.
A PF pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes uma cooperação internacional com a polícia dos EUA. O foco é acessar a movimentação financeira de Bolsonaro e da família Cid no exterior para mostrar o caminho do dinheiro, assim como obter documentos das joalherias como provas materiais sobre o caso.
Outra investigação que a PF também descarta qualquer possibilidade de fazer uma negociação com Cid é o da falsificação dos cartões de vacina. Para os policiais, já há provas consistentes e qualificadas no inquérito.
O Globo
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