Creed da PMPE - Foto: Reprodução
Dois sargentos acusados de agiotagem foram expulsos da Polícia Militar de Pernambuco, segundo portaria da Secretaria de Defesa Social (SDS) publicada na edição desta terça-feira (8) do Diário Oficial do Estado. Um deles foi alvo da Operação Usura, deflagrada pela Polícia Civil em setembro de 2015.
Segundo a portaria, esse policial alvo da operação foi condenado pela Justiça a uma pena de 7 anos de reclusão após ter sido autuado em flagrante. Na casa dele, foram encontrados 3.587 munições de calibres diversos, uma arma de fogo e 12 cadernos de contabilidade de venda de munições.
O Conselho de Disciplina da PM comprovou em autos a prática de agiotagem dos dois. Eles foram considerados incapazes de "permanecerem integrando as fileiras da Polícia Militar de Pernambuco". Tais condutas de ambos violaram diversos artigos do Código Disciplinar da instituição.
Operação mirou policiais e servidores públicos
A Operação Usura prendeu nove policiais e servidores públicos em setembro de 2015. A Polícia Civil apontou a prática de agiotagem, extorsão e associação criminosa. Na deflagração, foram apreendidos armas, dólares, cartões de banco e do Bolsa Família e cheques no valor de R$ 1 mil.
“As vítimas contavam que sofriam ameaçaram e agressões. Eles eram bem violentos, chegando até a tomar os bens delas”, afirmou o delegado Ivaldo Pereira, na época, que também disse que o grupo tinha uma função específica para cada integrante.
“Era um esquema bem montado, uns facilitavam o empréstimo e outros cobravam as vítimas. Entre os clientes, tinha desde gente mais simples até celebridades do nosso Estado”, relatou.
Outra expulsão
Além dos dois sargentos, a Polícia Militar também expulsou um soldado que constrangeu uma mulher com uma arma de fogo portada ilegalmente e tentou obrigá-la a entrar no carro onde estava, além de mostrar seu órgão genital. Ele tinha munições do 12º BPM sem uso autorizado e, ao ser preso, abriu a porta traseira da viatura e fugiu, tendo sido capturado novamente após perseguição.
O soldado foi autuado por desobediência, resistência mediante ameaça ou violência — ele não quis se entregar ao ser pego e terminou sendo algemado —, porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O caso aconteceu em maio de 2018, em Areias, na Zona Oeste do Recife.
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