A Polícia Federal (PF) identificou no rascunho do celular de Mauro Cid uma mensagem que teria como destinatário uma pessoa chamada Chase Leonard. É o mesmo nome que consta no recibo do Rolex que foi recomprado por Frederick Wassef.
O Rolex é uma das peças-chave de investigação da PF que apura a suposta tentativa de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações de outros países. O esquema teria sido capitaneado por militares e advogados ligados ao então presidente Jair Bolsonaro, como seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid.
De acordo com a PF, a mensagem em rascunho no celular de Mauro Cid tinha o link para "o anúncio de venda de um relógio da marca Rolex, similar ao que compunha o kit de joias em ouro branco e diamantes, encaminhado ao acervo privado do ex-Presidente Jair Bolsonaro".
O destinatário da mensagem é o contato atribuído a Chase Leonard. O nome de Leonard aparece como o responsável pelo atendimento na Precision Watches, em que o advogado Frederick Wassef recomprou o Rolex.
Em entrevista na terça-feira (16), Wassef afirmou que viajou aos Estados Unidos e comprou um relógio Rolex em 14 de março deste ano como "presente ao governo brasileiro". Ele negou, entretanto, ter participado de uma "operação de resgate" da joia a mando de Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro.
Na sexta-feira (11), a Polícia Federal fez buscas em uma operação que averigua a suposta tentativa de vender ilegalmente presentes dados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro por delegações estrangeiras. Entre os alvos da operação, estavam:
Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e tenente-coronel do Exército;
Mauro Cesar Lourena Cid, general do Exército e pai de Mauro Cesar Barbosa Cid;
Osmar Crivelatti, tenente do Exército e ex-ajudante de ordens
Frederick Wassef, advogado que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.
G1
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