Não pergunte o que uma Matriarca de 114 pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer de benfazejo para nossa querida PETROLÂNDIA.*
São respostas que os formadores de opinião, representantes do município (empresários, prefeito, vereadores, sociedade civil, bloqueiros) tem por obrigação de apresentar aos 34 mil filhos dessa nobre Matriarca.
E que seja fundamentada nos problemas do presente(falta de perspectivas para os jovens)com uma visão de um profícuo futuro promissor, com prosperidade para todos, jungido ao desenvolvimento sustentável, com distribuição das riquezas produzidas com mais equidade/dignidade, mormente o ICMS da geração de energia.
Sou cético sobre a implantação de novos empreendimentos na área da indústria(os investimentos nesse segmento, em meados do século passado, migraram para o mercado especulativo financeiro globalizado) porque os nosso empresários além de apáticos, preferem investir na expansão de serviços, na agiotagem oficial(SELIC 13,75), com retorno mais rápido, em detrimento da produção e geração de empregos.
O comércio local, existe aversão, pelo complexo de colonizado ou de vira-lata, apesar das adversidades, diversifica e cresce, apesar da concorrência desleal das cidades circunvizinhas(Paulo Afonso), essa recebe vultosos investimentos indiretos dos petrolandenses, contribuição salutar para sua expansão, enquanto se mitiga o mercado local.
Ademais, em razão do exposto, não descuremos, os nossos empresários do comércio, não são quixotes, pois lutam contra moinho reais, alta carga tributária, oligopólios e monopólios mormente no segmento industriário, concentrado no sul, antes dito maravilha.
Lado outro, a nefasta opção do consumidor nativo por investir em outras cidades, todos saem perdendo, uma vez que, contribuem com a queda nas arrecadações de impostos para o município, em ricochete na falta de recursos e o sucateamento dos serviços básicos da cidade.
Na tríade da cadeia produtiva agricultura/fruticultura/agropecuária temos o grave problema dos custos dos insumos, importamos quase tudo de outros Estados, uma vergonha para esse país de dimensões continentais, fertilizantes, soja e o milho transportada de longínquas distâncias do Sul e da Bahia, assim, ficamos na periferia, na dependência dos grandes centros fornecedores de grãos e de produtos químicos.
A nossa agricultura é incipiente, com uma pequena produção de cereais para subsistência, sobressaindo uma ínfima produção de frutas, legumes e verduras, sendo um setor de pouca atenção pelos representantes políticos, que não se preocupam em estimular e incentivar os pequenos agricultores, com ofertas de crédito, tecnologia e armazenamento.
A pecuária é acanhada em comparação com o rebanho e produção de leite das cidades alagoanas e São Bento do Una e Garanhuns-PE., não existe melhoria do plantel, salvo uns micro-produtores de ovinos e caprinos.
De consignar, que existe empresários que acreditam no potencial da cidade, no comércio e mormente na fruticultura, v.g. as granjas instaladas no perímetro Icó Mandantes.
O discurso tardio, enfadonho e vetusto da vocação da cidade para implantação de novas indústrias, é uma quimera - Netuno, um fiasco? -, pois é cediço, com o advento da revolução tecnológica, satélites, transportes, velocidade nas informações, em fim, no vetusto fenômeno da globalização dos mercados é fundamental que nossa cidade esteja preparada ema infraestrutura, boas estradas, aeroportos e universidades.
É de ver, no aspecto da fruticultura, como enfrentar uma concorrência desigual com as Cidades de Petrolina/Juazeiro, com melhor infra-estruturar, logística, estradas, aeroporto, para escoar a produção para o mercado local e internacional.
A par disso, grande parte das cidades do agreste são abastecidas pela produção de frutas das cidades citadas, de Petrolândia, mais próxima(não é preciso usar Google), só chega o coco verde.
Por fim, no que concerne a arte e cultura, existe um vácuo, mas de fácil solução, pois nesta cidade existe um capital humano e intelectivo, de artesães, artistas escritores, pintores, etc., precisando apenas de uma interação com o poder público, não é financiamento, mas atenção para os produtores da indústria cultural local.
É de se ver dois segmentos muito importantes para alavancar o desenvolvimento da Cidades (i) Turismo; (ii)piscicultura da Tilápia.
Acredito que o Turismo local tem que trabalhar em sincronismo com os pequenos empresários, tapioqueiras, artesanatos, etc.
Não adiante um roteiro turístico com pacote fechados na cidade de Paulo Afonso, com toda infraestrutura, estradas, aeroportos e hotéis, onde o turista desembarca, hospeda-se, pega um Catamarã, faz o percurso e retorna a Paulo Afonso. O consumo fica restrito a beira rio de Gloria, Ilha de Rará e Praia do Sobrado.
Lado outro, o turista que chega a Petrolândia, não pode ficar retido nas Pousadas e Hotéis às margens do lago, manobra sua lancha ou Catamarã, faz o seu passeio, retorna ao Hotel e segue viagem.
Indústria da Tilápia, chega a movimentar o comercio local de insumos, fornecendo redes tanques e ração.
E o projeto da Fábrica de ração dos resíduos da tilápia, sonho que tornou-se realidade ou ficção?
Por derradeiro, preocupa-me esse projeto – não sei se faraônico – cinturão negro de asfalto, com aporte de 30 milhões, via empréstimo a CEF, comprometendo o orçamento municipal, sem uma discussão com os futuros devedores, munícipes.
Com o objetivo, apenas de escoar frutos da monocultura, coco, descurando dos perigos e nocividades de investir na monocultura, descurando do triste acontecimento do ataque da praga vassoura-de-bruxa, que levou a decadência vertiginosa da região baiana produtora de cacau – Ilhéus, Itabuna, etc – tão bem cantada em prosas e versos do saudoso escritor Jorge Amado.
*parafraseando o ex-presidente norte-americano, John F. Kennedy.
MGNeto
* Formado em Direito, atualmente mora em Belo Jardim/PE
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